As ações da Boeing estavam a cair 10,68% às 12:33, na pré-abertura de Wall Street, para os 377,40 dólares, cerca de duas horas antes do arranque da sessão bolsista em Nova Iorque. O desastre aéreo com o 737 Max 8, da companhia aérea etíope Ethiopian Airlines, está a prejudicar os títulos da multinacional fundada por William E. Boeing, que estão a ter a sua pior performance desde 29 de outubro de 2001.
Este avião do grupo norte-americano despenhou-se no último fim de semana, perto de Adis Abeba, causando a morte a 157 pessoas. Ainda que só tenham sido vendidas 350 unidades deste modelo em todo o mundo, o acidente da madrugada de domingo foi o segundo em apenas seis meses – o anterior envolveu a Lion Air. Depois deste acontecimento, a Ethiopian Airlines imobilizou todos os seus Boeing 737 Max e as autoridades de aviação da China, da Mongólia e da Indonésia anunciaram igualmente a suspensão de todos os voos com esta insígnia.
A francesa Safran, fabricante dos motores deste avião, recuava igualmente na bolsa de Paris (-2,51%, para 115,55 euros) por volta da mesma hora. “Assim, a sombra de dúvida paira sobre este modelo da fabricante de Chicago, apenas cinco meses e meio depois de apenas um outro avião do mesmo modelo, propriedade da companhia aérea indonésia Lion Air, ter caído doze minutos depois da descolagem, num acidente que custou a vida a 189 pessoas”, refere Aitor Méndez, analista da IG.
Esta manhã a Ethiopian Airlines anunciou, através de uma publicação na rede social Twitter, que a caixa negra com os dados técnicos do voo e as conversas no cockpit haviam sido encontradas. As causas do acidente continuam por apurar.
Accident Bulletin no. 6
— Ethiopian Airlines (@flyethiopian) March 11, 2019
Issued on March 11, 2019 at 01:40 PM Local Time
The Digital Flight Data Recorder(DFDR) and Cockpit Voice Recorder(CVR) of ET302 have been Recovered.
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