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Ações do BCP subiram 60% em 2024 e têm “espaço” para chegar aos 0,51 euros

O BCP valorizou mais do que qualquer outra cotada do PSI desde janeiro, seguido pela Galp e CTT. Se os resultados do banco mantiverem a tendência positiva, os títulos podem valorizar até aos 0,51 euros.
30 Setembro 2024, 14h13

O índice PSI subiu cerca de 5,33% desde o início de 2024, sobretudo em reflexo de um acréscimo de 60,43% nas ações do BCP, face aos primeiros nove meses do ano passado.

Numa análise da XTB, divulgada esta segunda-feira, lembra-se que a cotação de mercado do BCP tem atingido máximos relativos ao longo do ano, que surgem no contexto de o banco ter comunicado novos máximos ao nível dos capitais próprios. Isto porque houve uma subida de 6,5 para 7,6 mil milhões de euros entre 2023 e 2024, a este respeito.

Assim sendo, “se os resultados do banco mantiverem esta tendência e a expetativa das métricas financeiras melhorar, a ação tem espaço para chegar à resistência principal junto dos 0,51 euros”, pode ler-se. Por outro lado, “em caso de quebra dos 0,32 euros, poderemos assistir a uma inversão de tendência”, alerta-se. De referir que, na abertura das negociações desta segunda-feira, os títulos estavam cotados em 40,87 cêntimos.

No segundo lugar, entre as cotadas que mais sobem, está a Galp, ao avançar mais 31%, apesar do recuo que se vem a registar nos preços do petróleo. Os títulos “estavam com uma dinâmica de alta interessante ao longo do ano”, apontam os analistas, sem deixar de sublinhar que “nestas últimas semanas sofreram quedas significativas, perdendo o suporte dos 18 euros”, ao recuarem para perto dos 16,55 euros.

“Se o preço se aguentar nesta zona poderá ter espaço para recuperar e voltar para junto dos níveis de resistência importantes na zona dos 20 a 21 euros”, escreve-se ainda.

Os CTT também protagonizam uma valorização de 31% desde o início de 2024 e o preço está numa “faixa de negociação entre os 4 e os 4,55 euros desde março de 2024”, descreve-se, antes de um olhar para o futuro.

“Uma quebra em alta da resistência dos 4,50 a 4,60 euros poderia abrir espaço para um movimento ascendente forte até junto da próxima resistência que se encontra nos 5,15€ (máximos de 2021)”, lembram os analistas.

Por outro lado, as ações da Mota-Engil caíram 34% desde o começo de 2024, ao registarem “quedas agressivas desde a quebra do suporte dos 3,50 euros”, aponta-se. Em causa está uma tendência “claramente de baixa e as expectativas dos investidores foram-se desvanecendo, já que os crescimentos da empresa em 2023 foram excecionais”, levando a uma redução na avaliação que é feita pelos investidores.

De seguida, surge a Jerónimo Martins, na qual se observa uma descapitalização de 25% desde o início do ano, depois de se romper a zona dos 19,78 euros, abrindo caminho “para que o preço continuasse a cair”, pode ler-se. Assim sendo, o preço está, por esta altura, “a consolidar depois dos fortes movimentos de queda”, dizem os analistas.

Ora, o contexto é de volatilidade acentuada, não apenas em Portugal como também nos mercados estrangeiros. São várias as economias que enfrentam desafios sérios e a incerteza é um fator determinante, pelo que se criam “tanto riscos como oportunidades, dependendo da capacidade das empresas de se ajustarem às dinâmicas de mercado”, de acordo com o diretor geral da XTB Portugal, Eduardo Silva.

Assim sendo, “para os investidores, este é um momento de prudência, mas de oportunidades, pois as mudanças dos ciclos económicos podem trazer novas janelas de oportunidades”, salienta o responsável.

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