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Ações do setor automóvel recuam com tarifas de Donald Trump

A Stellantis e a Volkswagen, que têm grandes operações no México e estão muito vulneráveis às tarifas, recuaram 6,8% e 5,6%, respetivamente. Também a Volvo perdeu 6,5%, enquanto a Mercedes Benz, BMW e Porsche cederam entre 3,6% e 4,3% após a decisão de Donald Trump de impor tarifas ao Canadá, México e China.
3 Fevereiro 2025, 11h07

As ações de algumas das maiores fabricantes de automóveis na Europa estão a afundar esta segunda-feira, depois de Donald Trump ter imposto tarifas de 25% ao México e ao Canadá e de 10% à China, aumentando os receios que o presidente norte-americano possa vir a fazer o mesmo sobre as importações europeias.

A Stellantis e a Volkswagen, que têm grandes operações no México e estão muito vulneráveis às tarifas, recuaram 6,8% e 5,6%, respetivamente, avança a “Reuters”. Também a Volvo perdeu 6,5%, enquanto a Mercedes Benz, BMW e Porsche cederam entre 3,6% e 4,3%. A fabricante francesa de peças automóvel Valeo caiu mais de 7%.

O índice que mede o desempenho das cotadas ligadas ao setor automóvel europeu recuou 3,7% para um mínimo de mais de duas semanas, a descida mais acentuada entre os outros índices setoriais do Stoxx 600. O índice de referência europeu, por sua vez, caiu 1,4%.

Os analistas temem que as tarifas aplicadas ao México possam ser mais prejudiciais para as fabricantes europeias e para os seus fornecedores do que quaisquer tarifas impostas diretamente aos bens europeus. O presidente norte-americano já disse que os produtos europeus vão ser sujeitos a taxas aduaneiras “muito em breve”.

“Acreditamos que cerca de oito mil milhões de euros das receitas da Volkswagen são impactadas pelas tarifas e cerca de 16 mil milhões de euros das receitas da Stellantis” também são penalizadas pela decisão de Donald Trump, escrevem os analistas do banco de investimento Stifel numa nota.

Francois Villeroy de Galhau, governador do banco central francês e membro do Banco Central Europeu, afirmou esta segunda-feira que as tarifas são “brutais” e vão afetar sobretudo o setor automóvel.

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