O acordo comercial entre a Mercosul e a União Europeia, fechado no fim de junho, deve impactar a economia brasileira em 79 mil milhões de dólares (cerca de 72 mil milhões de euros) até 2035. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) do Brasil, que divulgou um estudo sobre a questão, durante a segunda Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul (CI19), realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
Considerando a redução de barreiras não tarifárias, o impacto pode chegar aos 112 mil milhões de dólares (aproximadamente 101 mil milhões de euros) no mesmo período, segundo a CNC. Os números estão um pouco abaixo dos divulgados pelo governo brasileiro, de 87,5 mil milhões de dólares (83 mil milhões de euros) e 125 mil milhões de dólares (113 mil milhões de euros), incluindo as barreiras não tarifárias em 15 anos.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explicou que o Brasil ocupa no momento a presidência temporária do Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM), e, por isso, coloca-se na posição de liderar os debates sobre o acordo.
“Mercado exterior é comércio, então, nós estamos inseridos neste contexto. Não só na relação de trocas como também no que diz respeito a turismo, serviços, então esta é a casa para tratar desses assuntos e das relações internacionais”, observou.
O economista da CNC Fábio Bentes, um dos responsáveis pelo estudo, explica que o montante foi calculado somando-se o saldo da balança comercial, estimado em 66 mil milhões de dólares, com o investimento agregado, de 13 mil milhões de dólares, mais 33 mil milhões de dólares pela redução de barreiras como as fitossanitárias, para chegar aos 112 mil milhões de dólares.
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