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Adeus, 86-60-86. Victoria’s Secret muda estratégia e abandona conceito da “perfeição”

A marca das asas de anjo, por onde passaram Cindy Crawford, Gisele Bündchen, Alessandra Ambrosio, Helena Christensen e Adriana Lima, abandona agora a pressão dos corpos perfeitos e irrealistas de que perpetuava desde a sua criação.
18 Junho 2021, 16h41

O 86-60-86 deixou de ser a fórmula perfeita da Victoria’s Secret. A marca que viu várias supermodelos e, nos últimos anos, modelos-influenciadoras, descer a passerelle em roupa interior mudou agora o segredo depois de vários anos em que a receita decrescia, apostando agora em mulheres com corpos reais.

A futebolista americana Megan Rapinoe de 35 anos, a atriz e empresária indiana Priyanka Chopra Jonas de 38 anos, a modelo plus-size Paloma Elsesser de 29 anos, a esquiadora de estilo livre que vai participar nos Jogos Olímpicos Eileen Gu de 17 anos e a modelo transsexual Valentina Sampaio de 24 anos vão passar a ser as novas caras da marca de lingerie.

A marca das asas, por onde passaram Cindy Crawford, Gisele Bündchen, Alessandra Ambrosio, Helena Christensen e Adriana Lima, abandona agora a pressão dos corpos perfeitos e irrealistas de que perpetuava desde a sua criação, focando-se agora nos pedidos das mulheres, com o novo segmento chamada “O que as mulheres querem”.

O presidente da Victoria’s Secret, Martin Waters, adiantou em comunicado que a viagem agora iniciada pela empresa tem como objetivo tornar a marca na “principal defensora mundial das mulheres”. “Esta é uma viragem drástica para a nossa marca, e é uma mudança que abraçamos a partir de dentro”, adiantou o presidente.

A futebolista, e cara principal do novo segmento, afirmou na rede social Twitter que as novas embaixadoras são “ícones do nosso tempo” e que irão trabalhar para “mostrar a todas as mulheres a sua beleza e o poder individual e coletivo”. Ao “The New York Times”, Rapinoe garantiu que a imagem anterior da Victoria’s Secret enviava uma mensagem “patriarcal e sexista”, sendo a marca “de uma perspetiva masculina e através do que os homens queriam”.

Sabe-se que uma das primeiras iniciativas da nova The VS Collective será o lançamento de um podcast no qual as fundadoras irão partilhar histórias e experiências pessoais. Além deste podcast, a marca anunciou o lançamento do Fundo Global Feminino para o Cancro, com o objetivo de financiar projetos de investigação inovadores sobre tratamentos e curas para cancros específicos em mulheres, bem como o apoio a mulheres cientistas.

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