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Aeroporto de Helsínquia vai usar cães farejadores para detetar Covid-19 em passageiros

“O que observámos na nossa investigação é que os cães encontram-na [a doença] cinco dias antes deles [pacientes] apresentarem quaisquer sintomas clínicos, explicou a responsável pela investigação.
24 Setembro 2020, 14h17

Cães treinados para detetar o vírus Covid-19 começaram a ‘trabalhar’ no aeroporto de Helsínquia esta semana, num projeto-piloto financiado pelo governo finlandês que une os animais aos testes que já se encontram a ser realizados no local, avança a “Reuters” esta quinta-feira, 24 de setembro.

Embora a eficiência da deteção por parte dos animais não tenha sido comprovada com outros estudos científicos comparativos, Anna Hielm-Björkman, responsável pelo estudo da Universidade de Helsínquia, afirma que os quatro cães pertencentes ao estudo conseguem detetar a presença do novo coronavírus em dez segundos, enquanto o processo leva menos de um minuto. Ainda assim, apesar dos farejadores estarem a ser utilizados, os passageiros que se voluntariam para o teste são instruídos posteriormente a realizar um teste com zaragatoa para confirmar o resultado.

Apesar de no aeroporto de Helsínquia-Vantaa só estarem presentemente quatro animais, uma equipa de 15 animais e dez instrutores estão a ser treinados para detetar o novo coronavírus, num estudo patrocinado por uma clínica veterinária privada, revela a “Reuters”. Entre estes 15 cães, de acordo com a publicação, encontra-se Kossi, um cão de resgate espanhol, que já trabalhou como farejador anteriormente para detetar cancro.

“O que observámos na nossa investigação é que os cães encontram-na [a doença] cinco dias antes deles [pacientes] apresentarem quaisquer sintomas clínicos, explicou a responsável pela investigação. Anna Hielm-Björkman admitiu ainda à “Reuters” que os cães treinados são “muito bons” para o efeito e que atualmente “estão perto de atingir 100% de sensibilidade” na deteção do vírus.

As autoridades de Vantaa, em Helsínquia, afirmaram que o projeto terá uma duração de quatro meses, com um custo de 300 mil euros, um valor significativamente mais reduzido do que os métodos de testagem que estão a ser aplicados nos laboratórios.

A responsável admite que o projeto-piloto é “bastante promissor” e caso os resultados superem as expectativas dos envolvidos “pode ser um bom método para ser aplicado em outros locais”, como hospitais, lares de idosos e eventos culturais ou desportivos. Neste teste, os passageiros passam uma compressa no pescoço, colocam dentro de um frasco que é entregue ao animal noutra sala, sendo que o resultado é entregue de forma imediata.

Autoridades sanitárias dos Emirados Árabes Unidos também embarcaram em testes semelhantes deste deste projeto-piloto ser iniciado. Assim, as autoridades presente no aeroporto internacional do Dubai estão a utilizar cães polícias para detetar casos de Covid-19 entre os passageiros.

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