As duas opções identificadas pela Comissão Técnica Independente (CTI) como viáveis para um novo aeroporto, Alcochete e Vendas Novas juntamente com Humberto Delgado, implicam um investimento de 8.258 milhões e 8.170 milhões de euros, respetivamente.
Estes valores constam da avaliação financeira efetuada às várias opções estratégicas para a localização do novo aeroporto de Lisboa, cujo relatório preliminar foi hoje apresentado pela CTI, em Lisboa.
No cenário central considerado no mesmo estudo, as receitas estimadas para a opção Alcochete (CTA) com o Aeroporto Humberto Delgado (AHD), até ser possível passar para infraestrutura única, apontam para valores de 2.724 milhões de euros no âmbito da atividade não regulada e de 12.045 milhões de euros da atividade regulada (de aviação).
Já no caso da opção Vendas Novas (VNO) com o AHD, as receitas da atividade não regulada e regulada ascendem a 2.661 milhões e 11.937 milhões de euros, respetivamente.
Ambos apresentam, assim, um valor atual líquido (VAL) positivo, de cerca de seis mil milhões de euros, sendo que esta característica é comum a todas as opções analisadas, ou seja, a análise revela que todas as opções são financeiramente viáveis.
O mesmo estudo mostra que a opção Montijo (MTJ) com o AHD, tem um VAL superior quando comparado com as outras opções (de cerca de 8.400 milhões de euros), mas a CTI nota que isso resulta do facto de esta implicar “um investimento substancialmente inferior” e de ter “a limitação de não satisfazer totalmente a procura já na década de 2040”.
Na opção Montijo com AHD o investimento necessário é de 3.806 milhões de euros, mas nas outras há quatro que implicam um investimento na casa dos oito mil milhões de euros, e três que superam os nove mil milhões de euros.
A análise financeira revela também que as opções duais “demonstraram ter consistentemente um VAL superior” face às opções ‘greenfield’ (construção de raiz), sendo esta diferença explicada pelos custos de investimento.
“As opções duais mantêm um VAL positivo mesmo quando consideramos um período de apenas 39 anos [final do contrato de concessão da ANA]”, refere o estudo, indicando que se for considerado o horizonte até 2050, a “superioridade dos duais é mais pronunciada”.
As opções duais apresentam um VAL positivo de cerca de mil milhões de euros e as opções ‘greenfield’ um VAL negativo de mil milhões de euros, ou seja, uma diferença aproximada de dois mil milhões de euros.
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