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Afinal, ligação aérea entre Luanda e Ilha do Sal só deverá começar em 2019

O acordo assinado entre a TAAG Linhas Aéreas de Angola e a Cabo Verde Airlines estabelece as condições para o relançamento da ligação aérea regular entre Cabo Verde e Angola.
5 Novembro 2018, 08h30

A ligação aérea entre Luanda e a Ilha do Sal afinal só deverá começar no primeiro trimestre de 2019, ao contrário do que tinha sido inicialmente anunciado pelo governo angolano.

Quem confirmou a nova data foi o presidente da Comissão Executiva da TAAG Linhas Aéreas de Angola, Rui Carreira, apôs a assinatura do memorando de entendimento com a Cabo Verde Airlines, no final da visita de 24 horas do ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Viegas D’ Abreu, a Cabo Verde, terminada na sexta-feira.

O acordo assinado entre a transportadora aérea angolana e a Cabo Verde Airlines estabelece as condições para o relançamento da ligação aérea regular entre Cabo Verde e Angola. Prevê ainda que seja aproveitada o hub na Ilha do Sal para assegurar a conectividade para outros destinos além Cabo Verde, como Europa, Estados Unidos, Brasil (nordeste) e Senegal, e também para outros destinos entre os quais Brazzaville, Kinshasa, Lusaka, Harare, Maputo, Johannesburg, Cape Town, Windhoek ou São Tomé, bem como para voos domésticos em Angola.

Se o ministro que tutela os transportes de Angola, Ricardo Viegas D’ Abreu, falava no início da ligação entre Luanda e Sal ainda antes do final deste ano, o presidente da comissão executiva da TAAG entende que a operacionalização dos voos não deverá acontecer antes do primeiro trimestre de 2019. “Para nós o melhor momento será o primeiro trimestre de 2019, partindo do princípio que o trabalho de casa comece a ser feito a partir de agora, disse Rui Carreira.

Os representantes das duas companhias defendem que, ao contrário do que acontecia antes com a ligação entre as duas capitais (Luanda e Praia), a partir de agora a aposta será em voos com rentabilidade comerciais, aproveitando as potencialidades do mercado aérea existentes entre os dois países.

Segundo o presidente do conselho de administração da Cabo Verde Airlines, José Luís Sá Nogueira, vai ser montado equipas entre as partes para materializar o que esta firmado no acordo que “não se trata de materializar um desejo de natureza politica, mas sustentado na base de negocio”.

Quanto ao número de ligações, o presidente da comissão executiva da TAAG entende que “ do ponto de vista comercial menos de três frequências semanais não serão atrativos para os passageiros e nem para a companhia.” Para Rui Carreira, tendo em conta a concorrência que existe, será preciso ainda fazer estudos de mercados antes de começar a serem operacionalizados os voos.

A materialização dos voos entre os dois países será concluídas com a celebração de um Acordo de Partilha de Códigos (Code-Share), que, segundo o porta-voz da TAAG, poderá ser feita em várias modalidades, ou com aparelhos da Cabo Verde Airlines ou da TAAG, dependendo da disponibilidade das duas companhias.

O fim da visita do ministro dos Transportes de Angola a Cabo Verde ficou ainda marcado pela assinatura de mais um acordo no setor da aviação aérea entre Agência de Aeronáutica Civil de Cabo Verde (AAC) e o Instituto Nacional de Aviação Civil de Angola (INAVIC) e um terceiro entre os Ministérios do Turismo e Transportes dos dois países.

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