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Agência Internacional de Energia corta pico de procura de petróleo para 5 milhões de barris/dia em 2030

A AIE perspetiva que em 2030 haja perto de 250 veículos elétricos em circulação ao redor do mundo, o que vai fazer baixar a procura. Ainda assim, a transição energética está a ser mais lenta do que se estimava, pelo que a agência cortou na expetativa de procura referente àquele ano.
petróleo
16 Junho 2025, 14h29

A Agência Internacional Europeia (AIE) cortou a expetativa referente ao pico de procura de petróleo para 5 milhões de barris/dia, em 2030.

O relatório divulgado esta segunda-feira, 16 de junho, pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) dá conta de corte significativo nas perspetivas referentes a 2030, quando a procura por aquele combustível fóssil deverá atingir um máximo histórico.

Em causa está uma perspetiva de procura ligeiramente acima de 5 milhões de barris por dia, abaixo dos 6 milhões que eram apontados no relatório divulgado em 2024. Em causa está uma transição energética para energias alternativas mais lenta do que se esperava.

No que diz respeito ao mercado dos carros elétricos, continua a ser apontado os 250 milhões em circulação em 2030 (tal como no ano passado). Destes, mais de metade (acima dos 150 milhões) dever ser vendidos na China. Nos EUA, as medidas de Trump são pouco apelativas no que respeita à transição e fazem cortar a perspetiva de peso dos elétricos no mercado automóvel de 55% para 20%. Na Europa, o mercado está estagnado, indicam os dados.

Maiores desafios centram-se sobretudo no mercado dos elétricos

A AIE não apenas traçou expetativas para 2030, como também elencou os principais desafios. Desde logo, os subsídios públicos têm uma importância muito significativa, o que é demonstrativo das dificuldades que o setor atravessa. De qualquer modo, o mercado dos veículos elétricos concentra grande parte das barreiras.

O adiar de investimentos das empresas no desenvolvimento e produção de veículos elétricos formam uma problemática. O mesmo acontece com a resistência dos consumidores perante os preços elevados, a par da falta de infraestrutura para carregamentos.

Em termos quantitativos, a capacidade de carregamento deve aumentar nove meses até 2030. No mesmo período, espera-se que a procura por eletricidade para os automóveis elétricos quadruplique (até aos 780 TWh).

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