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Agosto trouxe descida no montante médio do crédito à habitação e prazos mais curtos

O montante médio financiado registou uma descida significativa: de 193.851 euros em julho para 181.827 euros em agosto, menos 12 mil euros em apenas um mês.
Prédios para habitação própria, arendar, vender ou alugar no distrito de Lisboa, 31 de agosto de 2023. MIGUEL A. LOPES/LUSA
11 Setembro 2025, 10h09

O mês de agosto trouxe novidades ao mercado do crédito à habitação em Portugal, segundo a mais recente análise de mercado sobre crédito habitação do ComparaJá. O montante médio financiado registou uma descida significativa: de 193.851 euros em julho para 181.827 euros em agosto, menos 12 mil euros em apenas um mês.

A tendência não se limitou aos valores financiados. Também os prazos médios dos contratos encurtaram, passando de 32 anos em julho para 30 anos em agosto, uma das quedas mais acentuadas registadas em 2025.

Especialistas sublinham que esta evolução pode estar ligada à maior seletividade dos bancos no momento de conceder crédito, mas também à prudência das famílias portuguesas, que procuram evitar endividamentos de longo prazo. Ao mesmo tempo, a descida do montante médio pode espelhar a dificuldade em aceder a imóveis de valores mais elevados, num contexto em que os preços da habitação continuam a colocar pressão sobre os orçamentos familiares.

Pedro Castro, Head de Operations e Crédito Habitação no ComparaJá refere, “Estamos a assistir a um ajuste natural do mercado. As famílias estão mais conscientes dos riscos de assumir dívidas demasiado longas e os bancos, por sua vez, estão a calibrar melhor os critérios de aprovação. É um movimento que pode contribuir para uma maior sustentabilidade financeira a médio prazo.”


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