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Aguiar Branco: “Escrutínio político? Não gosto quando se transforma em julgamento popular”

Em entrevista à Antena 1, Aguiar Branco defende Luís Montenegro e considera que caso que envolve o primeiro-ministro só acontece porque este declarou tudo. Sobre a Spinumviva, deixa o alerta: “É preciso perceber onde começa e acaba aquilo que é a dimensão judicial”.
26 Março 2025, 08h22

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, criticou a forma como o escrutínio político se está a transformar em julgamento popular. Em entrevista ao podcast “Política com Assinatura”, da Antena 1, o militante do PSD e antigo ministro da Defesa, saiu em defesa de Luís Montenegro no caso associado à empresa da família do primeiro-ministro.

“Tudo isto acontece porque o primeiro-ministro declarou tudo, às vezes as pessoas esquecem-se disso. Não se descobriu nenhuma empresa através de uma offshore ou que era uma matéria escondida pelo primeiro-ministro”, começou por referir Aguiar Branco.

No entanto, o presidente da AR destaca que “coisa diferente é naturalmente a atividade da empresa, quem são os clientes e esse escrutínio é que deverá ser alvo de atenção e perceber onde começa e acaba aquilo que é a dimensão judicial”. E deixa o alerta: “É muito importante que o escrutínio político não se transforme em julgamentos populares”.

Robustecendo esta afirmação, José Pedro Aguiar Branco considera “importante que haja o escrutínio político” mas dá ao ênfase ao que o desagrada no processo: “Não gosto se transforme em julgamento popular”.

Aguiar Branco considera que são “demasiadas as vezes em temos tido situações onde o princípio sagrado da separação de poderes não é resolvido no local próprio mas sim em público. É perigoso cedermos a isso. Corremos o risco de transformar o espaço público em julgamento popular”.

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