A AirAdvisor, plataforma global de apoio aos consumidores do setor aéreo, divulgou uma nova lista que revela as 10 cobranças mais polémicas e onerosas impostas pelas companhias aéreas em 2025. O levantamento mostra como diversos serviços que antes eram considerados básicos passaram a ser cobrados à parte, aumentando significativamente o custo final das passagens.
Companhias conhecidas por práticas agressivas de tarifação, como a Ryanair e a Wizz Air, continuam no topo da lista, cobrando até mesmo pelo check-in no aeroporto e reimpressão do cartão de embarque.
Já a United Airlines e a Lufthansa são apontadas por venderem conforto que outrora era padrão, como o direito de famílias de se sentarem juntas.
Há casos em que se cobra o acesso rápido (por fast track) à segurança, há quem cobre taxas de reserva por telefone e até para adquirir um segundo assento obrigatório para passageiros de maior porte, o que aparentemente é uma prática comum em algumas companhias norte-americanas. Há ainda as cobranças para reclinar o assento (WestJet), para evitar o lugar do meio (British Airways e easyJet).
Levantamento da plataforma global de apoio ao consumidor do setor aéreo mostra os vários serviços que antes eram considerados básicos e passaram a ser cobrados à parte, e que elevaram de forma significativa o custo final das viagens
Confira as 10 taxas mais polémicas cobradas por companhias aéreas
1º. Pague para reclinar – WestJet
Numa recente atualização da cabine das aeronaves Boeing 737 MAX e 737-800, a maioria dos assentos da classe económica têm agora encostos fixos. Se quiser uma inclinação mínima, precisa de fazer um upgrade para “Extended Comfort” ou “Premium”. O que costumava ser um conforto padrão acaba de ser transferido para um paywall, como um fantasma que se esgueira por detrás da cortina.
2º. Não há bagagem de mão na Classe Económica Básica – United Airlines
As tarifas da “Económica Básica” da United podem parecer baratas, mas têm um senão: as malas de mão normais não são permitidas. Os passageiros que tragam uma bagagem de mão de qualquer forma são obrigados a despachá-la no portão de embarque e a pagar uma taxa de manuseamento adicional de cerca de 25 dólares por trajeto. Um bilhete barato cujo preço aumenta misteriosamente? Esta é a maldição da bagagem de mão.
3º. Pague para manter o lugar do meio vazio – Eurowings, Lufthansa, Frontier
A sorte costumava decidir se o lugar do meio ficava vazio. Hoje, várias companhias aéreas vendem este espaço como um produto. A Eurowings e a Lufthansa oferecem a opção de “vizinho gratuito”; a Frontier lançou uma garantia semelhante logo à partida. O lugar ao seu lado não está ocupado, mas a sua carteira está.
4º. Taxas de check-in no aeroporto e cartão de embarque impresso – Ryanair e Wizz Air
Esqueceu-se de fazer o check-in online antes de chegar ao aeroporto? Isto pode custar até 55 € no balcão. Precisa de reimprimir o seu cartão de embarque? Conte com uma cobrança de 20 euros. Embora a Ryanair tenha prometido reduzir a taxa de reimpressão até ao final de 2025, a multa por check-in continua a ser um dos exemplos mais infames de “preços punitivos” na aviação. Moral da história: imprima antes de se apavorar.
5º. Paywall para lugares familiares – Ryanair
Viaja com uma criança menor de 12 anos? Um adulto deve comprar um lugar reservado para garantir que se sentem juntos; só assim até quatro crianças podem sentar-se lado a lado sem custos adicionais. Para os pais, este é menos um “agrado familiar” e mais um “truque de pais”.
6º. Taxas de correção e alteração de nome – Ryanair e easyJet
Erro de digitação na sua passagem? Isso pode custar caro. A Ryanair cobra até 160€ por uma correção de nome feita por um agente, enquanto a easyJet cobra taxas para alterações completas de nome, a menos que o erro seja pequeno (três caracteres ou menos). Um erro de digitação e, de repente, está a pagar para exorcizar um demónio administrativo.
7º. Pague para evitar o lugar do meio – British Airways e easyJet
Nas tarifas “Básicas” da British Airways, escolher o seu lugar antes do check-in pode custar mais, mesmo que seja apenas para evitar o temido lugar do meio. A easyJet segue um modelo semelhante, com a seleção de assentos agora escalonada por localização e espaço para as pernas. O conforto torna-se um item do menu, e o lugar do meio aproxima-se como um susto que prefere não enfrentar.
8º. Segurança “Fast Track” como extra pago
O que costumava ser uma cortesia do aeroporto é agora um upsell da companhia aérea. Muitas companhias aéreas, incluindo a Ryanair, comercializam o acesso Fast Track como um complemento, enquanto grandes aeroportos como Dublin e Manchester o vendem diretamente aos viajantes por alguns euros. Em dias de maior afluência, pode valer a pena; em dias tranquilos, simplesmente pagava para evitar uma fila que nunca se materializa, como perseguir um fantasma.
9º. Taxas de reserva por telefone
Ligar para o serviço de apoio ao cliente pode custar mais do que imagina. Algumas companhias aéreas cobram uma taxa extra, até 35 dólares, apenas para reservas por telefone em vez de online. Na era da automação, o atendimento humano é o mais recente duende premium.
10º. Taxas de “segundo lugar” para passageiros de tamanhos grandes – companhias aéreas dos EUA
Várias das principais companhias aéreas dos EUA, incluindo a United, a American e a Southwest, exigem que os passageiros de maior porte comprem um assento adicional, caso não consigam acomodar-se “em segurança e conforto” num assento padrão com os apoios de braços para baixo. A Southwest reembolsa agora o custo após o voo, após críticas públicas, mas, para muitos, esta política ainda parece uma brincadeira cruel em vez de um agrado justo.
Segundo o CEO e fundador da AirAdvisor, Anton Radchenko, “serviços que antes eram parte essencial da experiência de voo foram convertidos em extras pagos, e o preço anunciado raramente reflete o que o passageiro vai realmente gastar”.
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