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AKI Portugal já tem 94% dos colaboradores como acionistas

Pelo terceiro ano, o Grupo AKI decidiu distribuir 16% dos lucros obtidos pelos seus funcionários. A maioria optou por aplicar esse dinheiro em ações do grupo especializado em bricolage.
5 Maio 2017, 10h30

A política de distribuição de lucros do AKI junto dos seus colaboradores é uma marca distintiva deste grupo internacional especializado na grande distribuição de produtos de bricolage. É o terceiro ano que o Grupo AKI distribui 16% dos seus resultados líquidos, depois de atingir um volume de vendas recorde em 2016, registando 212 milhões de euros, e um crescimento nos lucros de 9%.

Cada colaborador, que recebe o que correspondente a um ordenado por pessoa, decide onde aplicar o seu prémio. Uma das opções é aplicar esse montante em ações da ADEO (proprietária do AKI), cuja valorização foi 8,02% no último ano, registando uma constante valorização, sempre acima dos 6%, nos últimos três anos. Em alternativa, caso o colaborador pretenda, pode aplicar num produto financeiros disponível.

Em 2015, 94% dos colaboradores preferiu tornar-se colaborador-acionista e, no mesmo ano, 14% dos colaboradores decidiu investir, com capital próprio, ou seja, extra prémio de distribuição de resultados, na compra de mais ações da ADEO, sendo os títulos designados Valadeo.

“Na AKI Portugal, 94% dos nossos colaboradores decidiram converter esta redistribuição dos lucros em ações. Os outros 6% preferiram receber o dinheiro proporcionado por esse produto financeiro. A partilha de lucros fica bloqueada durante cinco anos. Esta é uma forma de os colaboradores da AKI construírem uma poupança para o seu futuro, uma fórmula que é muito apreciada por pais jovens com filhos”, revela Sandra Barranquinho, diretora de Recursos Humanos da AKI Portugal, em declarações ao Jornal Económico.

Tendo em conta que as ações da Valadeo não são cotadas em nenhum mercado de capitais, esta responsável da AKI Portugal explica que “temos um conjunto de avaliadores externos que analisam os resultados e os objetivos atingidos em função dos investimentos previstos”.

“Estes são os principais eixos de análise. Apesar de haver uma componente subjectiva, é fácil de perceber se a acção cresceu e se valorizou, porque essa evolução assenta em dados reais da evolução da actividade do Grupo AKI”.
Sandra Barranquinho sublinha ainda que se o Grupo AKI decidiu distribuir 16% dos lucros aos trabalhadores desta forma, esta medida não esgota “as nossas políticas de redistribuição dos lucros”.

“A AKI atribui uma percentagem trimestralmente aos vendedores das lojas com base na evolução do volume de vendas dessa mesma loja em relação ao período homólogo. É uma atribuição em termos colectivos, em termos de loja ou de empresa”, observa Sandra Barranquinho. A atribuição deste prémio é valorizada se a loja em causa conseguir uma taxa de progressão de 5% ou mais nas vendas face ao período homólogo.

“Faz parte do nosso ADN partilhar os sucessos com a equipa. Sabemos que se deve ao trabalho de cada um. A nossa filosofia de partilha é centrada nas pessoas e está na base das políticas do AKI. É consistente e aplicada no concreto, não só em prémios relativos à evolução pessoal e crescimento da loja onde se trabalha, como do progresso anual do AKI”, destaca Andrés Osto, diretor-geral do Grupo AKI, num comunicado oficial do grupo a que o Jornal Económico teve acesso.

Para este responsável, “o essencial para nós é o facto de nos tornarmos colaboradores-acionistas. Somos pessoas e estamos no centro das políticas do AKI. Ao passarmos a ser donos do local onde trabalhamos, passamos a ter outra perspetiva do nosso contributo. Costumamos citar um dos nossos colaboradores, que dizia que é como sair de casa dos pais e passar a ter a nossa própria casa. Antes, tratávamos do que era preciso, mas não era nosso. Depois, passamos a sentir mais responsabilidade pelo que é nosso”, acrescenta o responsável.

O AKI continua a executar o seu plano de expansão até 2020, tendo o objetivo de duplicar o parque de lojas, passando das atuais 34 para 64. Com um investimento de 100 milhões de euros, o plano passa por abrir lojas em zonas de influência na ordem dos 20 mil habitantes. Para acompanhar esta expansão, espera-se o crescimento da equipa AKI com a criação de mais 670 postos de trabalho líquidos, atingindo-se os dois mil colaboradores. Em 2017, o AKI estima contratar cerca de 100 pessoas.
Neste momento, o AKI Portugal está presente em 16 dos 20 distritos do país, vendendo mais de 25 mil artigos de bricolage, casa e jardim.

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