O governos alemão sentou-se à mesa com Marrocos, durante o fim de semana, e juntos delinearam um acordo de cooperação que passa por combater as alterações climáticas e promover a produção de energias renováveis.
O acordo de cooperação entre os dois países resultou de uma reunião que decorreu em Berlim e colocou frente-a-frente Annalena Baerbock, chefe da diplomacia alemã, e o seu homólogo marroquino, Naser Burita.
De acordo com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, “aproveitaram a vossa visita a Berlim para assinar uma declaração de intenções para uma parceria germano-marroquina no domínio do clima e da energia”, referindo-se à deslocação de Burita.
O encontro ocorreu no âmbito da primeira sessão de um diálogo estratégico entre os dois países, acordado durante uma visita do chefe da diplomacia alemã a Marrocos no ano passado, depois de Berlim e Rabat terem reatado relações no final de 2021.
A governante germânica reconheceu também “um potencial adicional na cooperação entre o Norte de África e a União Europeia”, tendo em vista o hidrogénio verde e as energias renováveis, elogiando o papel de Marrocos como “um farol na região”.
“Marrocos tem as duas coisas: um Atlântico ventoso e um deserto soalheiro. Estes são os melhores pré-requisitos para produzir eletricidade de forma sustentável”, afirmou.
Do lado marroquino, Burita sublinhou que o desejo de intensificar a cooperação com a Alemanha decorre da convicção do Rei Mohammed VI de que “é importante diversificar as relações na União Europeia”, tendo destacado ainda o “papel especial” da Alemanha como parceiro comercial e político.
As relações comerciais estão a desenvolver-se em cada vez mais áreas, lembrou, destacando os domínios das energias renováveis e do hidrogénio verde, que têm potencial para se tornarem “histórias de sucesso” não só bilateralmente, mas com toda a Europa.
Neste encontro foi ainda abordada a questão dos direitos humanos e da migração, com Baerbock a reconhecer que na Alemanha “há frequentemente falta de mão de obra qualificada e em Marrocos o desemprego juvenil é muito elevado. Queremos analisar em conjunto a forma como nos podemos reforçar mutuamente enquanto parceiros”.
Já Burita, ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos, salientou que foram feitos “grandes progressos” a nível bilateral no domínio da migração irregular e referiu que “não deve ser exercida pressão sobre os países de trânsito”, mas que é necessária uma “abordagem holística e cooperativa”.
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