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Alemanha planeia reduzir para metade ajuda militar à Ucrânia

A Alemanha tem fornecido à Ucrânia armamento militar avançado, incluindo tanques Leopard, mas prepara-se para alterar o fluxo das remessas.
18 Julho 2024, 10h09

A Alemanha planeia reduzir quase a metade a ajuda militar à Ucrânia no próximo ano, de cerca de oito mil para apenas quatro mil milhões de euros, de acordo com um projeto de orçamento aprovado pelo governo. O ministro das Finanças, Christian Lindner, disse que o financiamento da Ucrânia está “seguro para o futuro previsível” devido a um esquema promovido pelo G7 (os países ricos) que prevê o levantamento dos cerca de 50 mil milhões de euros de juros sobre os ativos russos congelados.

Nesse quadro, a Alemanha sente-se ‘desobrigada’ e decidiu retirar pressão sobre o seu próprio orçamento, numa altura em que a economia germânica passa por um período difícil e a popularidade do governo de coligação está ao seu pior nível.

A Alemanha é o segundo maior doador militar à Ucrânia, depois dos Estados Unidos. Em 2024, o orçamento de Berlim para Kiev está fixado em quase 7,5 mil milhões de euros. De qualquer modo, este corte surge numa altura em que a Ucrânia e os seus aliados europeus temem que uma eventual vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas de novembro diminui drasticamente o empenhamento financeiro da federação na guerra europeia.

Embora a ajuda militar à Ucrânia deva ser reduzida, o orçamento germânico para o sector da defesa em 2025 será aumentado em 1,3 mil milhões de euros, para 53,25 mil milhões de euros – um valor, mesmo assim, inferior aos 6 mil milhões de euros que o ministro da Defesa, Boris Pistorius, vinha exigindo. A Alemanha pretende cumprir a meta de gastos de 2% do PIB em defesa, conforme exigido pela NATO.

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