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Alexandre Soares dos Santos: o empresário implacável que teve o mundo como alvo

Deixa uma fortuna pessoal de mais de 1,8 mil milhões aos sete filhos, um grupo de distribuição multinacional e as fundações Francisco Manuel dos Santos e Oceano Azul. Mas dizia que a única coisa que lhe interessava deixar era “uma lição de vida, de conduta”. Pois “o resto é património que têm de continuar, para o qual outras pessoas contribuíram”.
8 Setembro 2019, 09h00

Alexandre Soares dos Santos não deixou ninguém indiferente. Empresário de primeira água, de mão decisiva nas opções, recuperou um grupo de origem familiar que se confunde com a vida do país nos últimos dois séculos. Basta dizer que a marca Pingo Doce, uma das mais prestigiadas e valiosas a nível nacional, apareceu apenas em 1980. Hoje, é um património que ajudou Alexandre Soares dos Santos, e a grande família que criou, a entrar de forma sistemática nos rankings das revistas norte-americanas das maiores fortunas globais.

Sim, porque Alexandre Elísio Soares dos Santos era um homem de família. Faleceu na passada sexta-feira, dia 16 de setembro. Já depois de ter liderado uma transição serena, discreta, para o seu filho, Pedro Soares dos Santos. Diz quem o conheceu em pormenor que era um homem implacável, mas que recorria sempre ao padrão da justiça, por mais elementar que fosse.

Acrescentam os mais próximos que era obstinado. Não confundir com inflexível. Como se relatou antes, figurava nas listas dos mais ricos de Portugal e do mundo, mas poucos lhe teriam tirado a pinta de magnata, porque não era de expor os seus sinais de riqueza. Exterior, ou interior.

Artigo publicado na edição semanal de 23 de agosto de 2019, do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

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