Allianz Trade: Quase 1.400 empresas em Portugal estão em situação de insolvência

A Allianz Trade estima que 1.386 empresas em Portugal estejam em situação de insolvência no acumulado dos primeiros sete meses do ano, o que representa uma subida de 8,9% face ao período homólogo.

Em comunicado, a seguradora avança que “o número de empresas em situação de insolvência está a aumentar” e que em julho deste ano, de acordo com dados da Allianz Trade, 205 empresas ficaram insolventes, uma subida de 22,8% face ao mesmo mês do ano passado.

“A economia portuguesa, mostram as nossas mais recentes previsões, deverá crescer acima da média da área do euro. É positivo que a economia portuguesa consiga crescer acima das congéneres, contudo, dada a vocação exportadora da economia, isso pode não ser assim tão animador. Além disso, pode levar a um aumento das insolvências ao longo dos próximos meses.”, destaca Nadine Accaoui, presidente do Conselho de Administração e presidente da Comissão Executiva da Allianz Trade em Portugal.

Os dados da Allianz Trade apontam os distritos de Porto e de Lisboa como aqueles que, no acumulado do ano, registam maior número de insolvências.

No distrito do Porto, 367 empresas entraram em insolvência até julho, o que representa uma subida de 26,48% quando comparado com o período homólogo de 2023. Já no distrito de Lisboa, 248 firmas entraram em insolvência, o que representa uma quebra de 2,4% face aos primeiros sete meses do ano passado. Por fim, o distrito de Braga é o terceiro distrito onde se registam mais insolvências em Portugal. Foram 194 até julho, o que reflete um incremento de 26,8% face ao mesmo período de 2023.

A Allianz Trade estima que as micro e pequenas empresas com um volume de negócios inferior a 500 mil euros estejam entre as que registam maior número de insolvências até julho. “Por outro lado, é também possível perceber, que foram as empresas com mais de 10 anos que registaram maior volume em termos de insolvências nestes primeiros meses de 2024”, destaca a seguradora.

Os sectores dos serviços, têxteis e construção continuaram a ser os que registaram os valores mais elevados em termos de insolvências até ao final de julho.