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Alojamento para estudantes: Preço médio desacelera para 8% em 2024

No ano anterior o valor médio fixou-se nos 14%. Por outro lado, o número de camas disponíveis em Lisboa e no Porto aumentou 6%, mas ainda assim a taxa de oferta (rácio camas/estudante) mantém-se abaixo da média europeia de 12%.
28 Agosto 2024, 10h41

O preço médio por cama nos alojamentos para estudantes em Portugal registou uma desaceleração para 8% em 2024, quando comparado com os 14% do ano anterior, segundo os dados do estudo sobre o mercado de residências para estudantes no país divulgados pela consultora Cushman & Wakefield (C&W) esta quarta-feira.

Lisboa registou o maior aumento de preços na ordem dos 10% – 11%, enquanto que no Porto esta subida situou-se nos 4%. Apesar do aumento de 6% no número de camas disponíveis em Lisboa e no Porto, a taxa de oferta (rácio camas/estudante) mantém-se abaixo da média europeia de 12%.

Entre as várias conclusões apresentadas pelo estudo destacam-se ainda as estimativas atuais que indicam a necessidade de, no mínimo, mais 12 mil camas em Lisboa e no Porto para ficarem em linha com a média europeia. O crescimento da oferta nos últimos 12 meses na Grande Lisboa e Porto foi moderado, com cerca de 756 novas camas disponibilizadas através de instalações privadas e públicas.

Durante o próximo ano letivo está prevista a entrada de cerca de 1.500 novas camas nos mercados de Lisboa e Porto, das quais pouco mais de 300 serão relativas a projetos públicos.

Ana Gomes, Head of New Business & Alternatives na Cushman & Wakefield Portugal, considera que “nos últimos 12 meses, assistimos a novas aberturas e novos projetos começaram finalmente a ser construídos, embora muitos outros se mantenham atrasados. A procura continua a ser muito superior à oferta e as taxas de aprovisionamento continuam a ser entre as mais baixas da Europa”.

A responsável alerta ainda para o facto de os atrasos no licenciamento continuarem a ser um problema, especialmente no caso de alguns grandes projetos em Lisboa, incluindo projetos públicos relevantes. “Milhares de novas camas continuam a ser anunciadas pelo Governo, supostamente a serem desenvolvidas com financiamento da UE através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, refere.

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