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Altice contrata bancos de investimento para avaliar venda de ativos e reduzir dívida

A Altice Portugal está entre os ativos que devem ser alienados pela Altice, de acordo com informação avançada pela “Reuters”. Pelo menos quatro bancos de investimento já terão sido contratados para o efeito. Fontes ouvidas pelo Jornal Económico sustentam, porém, que a venda de ativos deverá ficar pelos ativos não-estratégicos, ficando assim de fora a dona do MEO.
7 Setembro 2023, 15h48

A Altice contratou pelo menos quatro bancos de investimento para avaliar a venda de ativos, incluindo a operadora francesa SFR e Altice Portugal, dona da marca MEO, de acordo com informação avançada esta quinta-feira pela “Reuters”. Segundo a agência noticiosa, que cita fonte próxima do processo, que a Altice já recrutou pelo menos quatro bancos de investimento para avaliar os seus ativos na Europa e identificar possíveis vendas para aliviar a dívida do grupo de telecomunicações.

No entanto, de acordo com fontes próximas do processo ouvidas pelo Jornal Económico, o grupo não pretende vender a Altice Portugal e a SFR. De acordo com estas fontes, que pediram para não serem identificadas, o que está em cima da mesa neste momento é a venda de ativos non-core, juntamente com outras opções como a entrada de novos investidores no grupo e nas suas subsidiárias, bem como possíveis movimentos de consolidação.

De acordo com a agência noticiosa, os bancos de investimento contratados são o Lazard, o BNP Paribas, o Morgan Stanley e o Goldman Sachs. O recurso da Altice a assessores financeiros para apoiarem o seu processo de redução de dívida já era esperado, uma vez que o grupo procura soluções para o seu elevado endividamento, que supera a fasquia dos 50 mil milhões de euros.

No início de agosto, o fundador do grupo Altice, Patrick Drahi, disse que se sentia “traído” pelo ex-sócio Armando Pereira e por um “pequeno grupo” de colaboradores que estão envolvidos num caso de alegada corrupção que, segundo as autoridades, terá lesado a Altice em cerca de 600 milhões de euros e impedido o Estado português de arrecadar cerca de 100 milhões em impostos.

“Foi um choque e uma grande desilusão para mim. Se as acusações forem verdadeiras, sinto-me traído por um pequeno grupo de pessoas, incluindo um dos nossos colaboradores mais antigos”, disse Patrick Drahi numa conference call com investidores e analistas, no seguimento da divulgação dos resultados do segundo trimestre.

Notícia atualizada às 17h13 com informações recolhidas junto de fontes próximas do processo, que dão conta que a Altice Portugal e a SFR não deverão constar dos ativos a alinear pela Altice de momento.

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