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Alunos poderão ter aulas por TV Cabo no terceiro período

“Hoje em dia existem soluções, por exemplo, canais de estilo youtube onde podem ser colocados vários conteúdos”, disse Siza Vieira em entrevista ao Porto Canal. O governante recorda ainda que “83 % dos lares em Portugal tem TV cabo e portanto “podemos fazer chegar às crianças conteúdos também por essa via”.
30 Março 2020, 16h18

O ministro da Economia Siza Vieira revelou esta segunda-feira que pode existir a possibilidade dos alunos terem aulas, no terceiro período, através de TV cabo.

“Hoje em dia existem soluções, por exemplo, canais de estilo youtube onde podem ser colocados vários conteúdos”, disse Siza Vieira em entrevista ao Porto Canal. O governante recorda ainda que “83 % dos lares em Portugal tem TV cabo e portanto “podemos fazer chegar às crianças conteúdos também por essa via”.

Em Portugal, estima-se que são dois milhões de alunos que estão em casa, sem aulas presenciais desde 16 de março e cerca de 5% das famílias com crianças até aos 15 anos não tem acesso à Internet em casa, segundo dados de 2019 do Instituto Nacional de Estatísticas. Além disso, um estudo realizado por Arlindo Ferreira, especialista em Estatísticas da Educação, demonstrou que um em cada cinco estudantes não tem computador em casa.

Contudo, Siza Vieira garante que nenhuma criança ficaria excluída por ter a seu dispor pelo menos uma das alternativas, ou internet ou televisão.

O Ministério da Educação anunciou que as escolas estão desde o início da suspensão a identificar os alunos sem acesso à Internet ou computador, em casa e está também a definir soluções com o apoio de operadoras de telecomunicação e empresas de hardware, no sentido de disponibilizar os meios necessários aos alunos, para que estes possam assistir às aulas.

Até ao momento, as universidades são quem tem utilizado mais ferramentas para aulas em vídeo ou videoconferência. Existem ainda portais de educação usados, cujo propósito inicial nunca foi o de substituir por completo as aulas.

Da mesma forma, a UNESCO lançou uma Coligação Mundial COVID-19 para a Educação que reúne parceiros multilaterais e o setor privado, incluindo a Microsoft e o Global System for Mobile Communications (GSMA), para ajudar os países a implementar sistemas de ensino à distância suscetíveis de minimizar as perturbações na educação e manter contacto social com os alunos.

 

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