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Amazon e Google completam hoje o festival de lucros das FAANG

A Amazon terá superado, no quarto trimestre, o patamar dos 100 mil milhões de dólares em receitas, beneficiando da aceleração do ‘e-commerce’ e das ‘cloud services’ durante a pandemia. No caso da Alphabet, dona da Google, o foco também vai estar nos serviços ‘cloud’, com a empresa a divulgar pela primeira vez os números sobre a rentabilidade desse negócio.
Gus Ruelas /Reuters
2 Fevereiro 2021, 08h10

Pode não ser absolutamente necessário, mas eis um dado para confirmar que a Amazon tem sido uma das grandes beneficiárias nas alterações trazidas pela pandemia de Covid-19. Nos primeiros nove meses de 2020, a empresa liderada por Jeff Bezos bateu o recorde de lucros estabelecido nos 12 meses de 2019. Os números são estonteantes: lucro líquido de 14,11 mil milhões de dólares em nove meses, face a 11,6 mil milhões no conjunto de 2019.

Esta terça-feira, depois do fecho de Wall Street, quando a gigante tecnológica apresentar os números do quarto trimestre irá, portanto, aumentar esse recorde. O consenso dos analistas aponta para um lucro por ação de 7,15 dólares, um aumento de 10,5% em termos homólogos.

As receitas deverão ter disparado 36,9% para 119,73 mil milhões de dólares face ao mesmo período de 2019, beneficiando de o Prime Day, um evento anual com descontos exclusivos para membros do programa Prime, ter caído em outubro em 2020 e também pelo aumento de compras online na quadra natalícia devido às restrições impostas em vários países para tentar conter a pandemia.

Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a empresa indicou no guidance financeiro que as vendas líquidas deverão ficar entre 112 mil milhões de dólares e 121 mil milhões, ou seja, um aumento homólogo de entre 28% e 38%.

“A Amazon é um dos principais beneficiários da pandemia tendo em conta o crescimento acelerado do e-commerce, e dos números de subscrições ao programa Prime, mas também da transformação digital que irá acelerar o uso de serviços de cloud”, afirmaram os analistas da corretora americana Stifel.

Subidas na núvem

O consenso dos analistas aponta para um aumento homólogo de 29% nas receitas da Amazon Web Services no quarto trimestre, depois de uma subida para 11,6 mil milhões de dólares no terceiro.

Os serviços de cloud também têm sido uma aposta da Alphabet. A dona da Google apresenta resultados depois do fecho esta terça-feira e a expectativa é de um aumento saudável nas receitas no quarto trimestre, embora a um ritmo mais lento do que no quarto trimestre de 2019.

O foco deverá estar, no entanto, na rentabilidade desse serviço, pois será a primeira vez que a empresa vai divulgar essa informação. Os analistas da JP Morgan & Chase apontam para uma margem operacional de 2%, enquanto os dos Bank of America esperam um prejuízo operacional, mas sem indicar um valor. Para efeitos de comparação, no terceiro trimestre a Amazon Web Services registou uma margem operacional de 30,5% e 3,5 mil milhões de dólares de receitas operacionais.

A Alphabet deverá divulgar um aumento de 4,1% no resultado por ação no quarto trimestre, para 15,98 dólares, e receitas de 52,86 mil milhões de dólar, uma subida homóloga de 15%, segundo a médias das previsões dos analistas.

Estas duas empresas deverão fechar assim uma época de resultados fulgurantes nas FAANG, depois de Facebook, Apple e Netflix, terem já divulgado recordes de todos os tipos: receitas, lucros, utilizador, serviços.

https://jornaleconomico.pt/noticias/confinamento-deu-asas-aos-lucros-das-big-tech-no-ano-passado-695206

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