Amazon com lucros 6,3 mil milhões de dólares, acima das previsões dos analistas

A Amazon reportou esta quinta-feira um crescimento homólogo de 37% da sua receita no terceiro trimestre do ano. A gigante do comércio eletrónico registou 91,2 mil milhões de dólares (78,1 mil milhões de euros) de receitas, o que resultou num lucro de 6,3 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros). Para o período em questão, os analistas da Refinitiv projetavam 92,7 mil milhões de dólares (79,4 mil milhões de euros) de receita, segundo a CNBC.

A empresa, que tem sido das maiores beneficiárias da pandemia e dos condicionamentos à atividade económica e comércio presencial, vê assim o seu lucro no período disparar, depois de ter registado 2,1 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) de ganhos em igual período do ano passado. Assim, os dividendos por ação chegaram aos 12,37 dólares (10,60 euros), bem acima das projeções de 7,41 dólares (6,35 euros).

Jeff Bezos, o presidente executivo da companhia, sublinhou o impacto que a Amazon tem tido na sociedade. “Há dois anos, subimos o salário mínimo da Amazon para 15 dólares (12,84 euros) à hora para todos os postos de emprego nos EUA, sejam a tempo inteiro ou parcial, temporários ou sazonais, e desafiamos outras grandes empresas a fazer o mesmo”, destacou o homem mais rico do mundo.

A Amazon tem vindo a ser atacada pelas condições que oferece aos trabalhadores, especialmente desde o início da pandemia. O relatório menciona ainda um aumento anual de 50% no número de trabalhadores nos quadros da empresa.

Para o próximo trimestre, a empresa espera receitas ainda maiores, dada a proximidade da época festiva e a continuidade da pandemia, que deverá levar os consumidores a preferirem fazer as suas compras à distância. Para o último trimestre do ano, a empresa projeta vendas de 112 a 121 mil milhões de dólares (96 a 104 mil milhões de euros).

As ações da Amazon já subiram 74% este ano, tornando a empresa na mais ganhadora das chamadas ‘Big 5’, grupo de tecnológicas que engloba ainda a Apple, Facebook, Microsoft e Alphabet, a empresa-mãe da Google.