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Amílcar Morais Pires: “Hei-de voltar a trabalhar, logo que se volte a repor a verdade”

“Hei-de voltar a trabalhar, logo que estes recursos funcionem e que se volte a repor a verdade nestes dossiers”, disse Amílcar Morais Pires, à saída do Tribunal da Supervisão e Concorrência de Santarém.
30 Abril 2018, 19h33

O ex-administrador financeiro do Banco Espírito Santo (BES) Amílcar Morais Pires afirmou esta segunda-feira que equaciona voltar a trabalhar, assim que estiverem encerrados os processos judiciais em que se encontra envolvido.

“Hei-de voltar a trabalhar, logo que estes recursos funcionem e que se volte a repor a verdade nestes dossiers”, disse Amílcar Morais Pires, à saída do Tribunal da Supervisão e Concorrência de Santarém, que confirmou a condenação no processo que lhe foi movido pelo Banco de Portugal, obrigando-o ao pagamento de 350 mil euros e inibindo-o de exercer cargos na banca durante um ano.

O valor da coima definido pelo tribunal representa uma redução em relação aos 600 mil euros que eram pedidos pelo Banco de Portugal.

Questionado sobre a redução da pena, Morais Pires diz que houve progresso, mas insuficiente. “Eu queria era a absolvição”, disse aos jornalistas, á saída do tribunal. “Houve progresso. Razoável, mas não suficiente”, acrescentou.

Na decisão proferida esta segunda-feira, 30 de abril, e que a juíza Anabela Campos leu apenas a parte dispositiva, pedindo dispensa da leitura das 1.150 páginas da sentença, foi considerada “globalmente demonstrada” a matéria de facto enunciada na decisão do Banco de Portugal.

“Tem-se feito muita calúnia, muita mentira à volta dos processos, nomeadamente sobre a minha conduta”, afirmou Amílcar Morais Pires.

“Penso que, gradualmente, se vai repor essa verdade e então reequacionarei o regresso a trabalhar”, disse.

“Vamos aguardar. A luta continua”, concluiu.

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