A invasão russa à Ucrânia prossegue com as tropas russas tendo alcançado Kiev e a coordenadora de mobilização e campanhas da Amnistia Internacional Portugal, Ana Farias, explicou ao Jornal Económico (JE) que organização pede que seja respeitado o “direito internacional humanitário”.
“O que estamos a testemunhar neste momento é a confirmação daqueles que eram os nossos maiores receios, é uma situação que temos acompanhado não só desde os últimos eventos, mas desde 2014 com toda a situação na Crimeia e já com as regiões de Donbas e que culminaram nos desfechos que hoje conhecemos”, sublinhou Ana Farias ao JE.
A Amnistia Internacional Portugal pretende “um total e inquestionável respeito pelo direito internacional humanitário, pelo direito internacional dos direitos humanos e tudo isso se traduz em algo tão simples como a proteção das vidas das pessoas, a proteção dos civis e das casas e das infraestruturas”.
“Isto é algo que todos envolvidos neste conflito armado têm a obrigação de cumprir e é esse o nosso principal apelo”, referiu Ana Farias.
Além do respeito pelos direitos humanos a Amnistia Internacional Portugal quer que esteja garantido “um acesso total por parte das agência humanitárias no terreno para que possam prestar auxílio e cuidados médicos, nomeadamente a todas as pessoas que sejam afetadas por este conflito armado”.
Relativamente ao que os diferentes países podem fazer, o principal pedido da Amnistia remete novamente para o cumprimento do direito internacional humanitário, também conhecido como as regras de guerra.
Outro pedido da Amnistia prende-se com o asilo das “vozes críticas e dissidentes ao comportamento e atuações das autoridades russas” que agora vão precisar novamente de ajuda.
Depois de ter declarado independência das regiões de donetsk e lugansk, o presidente Vladimir Putins escolheu avançar com uma operação militar especial na Ucrânia e ao segundo dia as tropas russas já se encontram em Kiev.
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