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Ana Gomes abre a porta a uma fusão de candidaturas à esquerda antes das presidenciais

Em debate na RTP, a candidata presidencial admitiu ter falado com a bloquista Marisa Matias e estendeu o tapete ao comunista João Ferreira para se unirem numa candidatura alternativa à do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, “apoiado pelo bloco central”.
5 Janeiro 2021, 21h33

A ex-diplomata e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes abriu esta segunda-feira a porta a um entendimento pré-eleitoral à esquerda para as eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 24. A candidata presidencial admitiu ter falado com a bloquista Marisa Matias e estendeu o tapete ao comunista João Ferreira para se unirem numa candidatura alternativa à do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

“A convergência é sempre importante e temos visto como a convergência fez a diferença positivamente, nos últimos anos, para o povo português. Apoiei a Geringonça I e tive pena que não houvesse uma geringonça II formal, mas vejo que há convergências que foram importantes e que trouxeram benefícios para os cidadãos”, referiu, no frente a frente com o eurodeputado do PCP João Ferreira, na RTP.

A hipótese já tinha sido sumariamente levantada por Ana Gomes, no frente a frente com Marisa Matias desta terça-feira, mas agora, para clarificar o que dito, a diploma garantiu que estará “sempre disponível para convergências, sobretudo quando a democracia está em causa e está sobre ataque”. “É importante que aqueles que defendem a democracia, mesmo com divergências, se possam unir para regenerar a democracia”, referiu.

A candidata apoiada pelo PAN e pelo Livre admitiu ter “trocado impressões” com Marisa Matias sobre uma eventual fusão de candidaturas antes de dia 24, mas que o que o acordo acabou por não acontecer. Ana Gomes aproveitou ainda a oportunidade para “convidar” João Ferreira a junta-se a uma candidatura alternativa à esquerda. “Pelo meu lado, é possível um acordo mesmo antes do dia 24 de janeiro”, sublinhou.

Já João Ferreira excluiu, à partida, uma fusão de candidaturas, por considerar que, apesar de ter a sua candidatura ser “um espaço de convergência amplo” com uma “corrente de apoio que vai muito para lá” do PCP, “há circunstâncias” da sua candidatura que não encontra “em mais nenhuma”.

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