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Ana Gomes diz que não se opõe “ao adiamento do ato eleitoral”

Num vídeo partilhado no Twitter, Ana Gomes frisou que “cabe ao Presidente da República e à Assembleia da República democraticamente tirar consequências políticas desta situação”. “Imagino que devam ponderar a possibilidade de adiamento do ato eleitoral”, completou.
Cristina Bernardo
12 Janeiro 2021, 16h49

A candidata presidencial Ana Gomes partilhou um vídeo nas redes sociais onde explica que após conhecer os dados do Infarmed não se opõe “ao adiamento do ato eleitoral”.

Depois de comentar a sua preocupação para com o dados do Infarmed, num vídeo partilhado no Twitter, Ana Gomes frisou que “cabe ao Presidente da República e à Assembleia da República democraticamente tirar consequências políticas desta situação, imagino que devam ponderar a possibilidade de adiamento do ato eleitoral”. “Não o desejo, mas desde já declaro que não me oporei”, completou.

“Porque me norteia a preocupação pela segurança coletiva de todos e de todas que querem ir votar e fazê-lo naturalmente em segurança e preocupa-me”, disse a candidata presidencial sublinhando “valorizar o ato eleitoral, garantido que todos e todas que queiram ir votar, possam ir votar”. Ana Gomes acredita que “a campanha está a ser afetada e o próprio dia da votação vai ser afetado”.

Sobre a reunião com os especialistas do Infarmed, Ana Gomes explica que esteve presente “a convite do Governo” e saiu “preocupada”. “Porque os especialistas previram um aumento do número de óbitos, um aumento do numero de internados por covid e um aumento de internados em cuidados intensivos”, acrescentou a ex-eurodeputada.

“Preveem mesmo a triplicação do numero de novos casos até ao fim do mês de janeiro, isto vai ter consequências, é bem provável que tenhamos de enfrentar um novo período de confinamento geral”, destacou a antiga eurodeputada do Partido Socialista.

Para Ana Gomes, inverter o aumento de casos e mortes por Covid-19 depende dos portugueses. “É claro que só com o exercício por parte de cada um e de cada uma de nós é que poderemos inverter esta situação, mas as consequências também são políticas”, disse. “Por isso, penso que Presidente da República deve tirar conclusões do que ouviu dos especialistas”, afirmou a candidata presidencial.

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