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Ana Gomes: “Ministério Público demonstra encarniçamento contra Rui Pinto”

Ex-deputada do Parlamento Europeu reagiu em declarações ao Jornal Económico, sobre o pedido de alargamento do Mandado de Detenção Europeu (MDE), feito pelo Ministério Público à Hungria para fazer novas acusações a Rui Pinto.
17 Julho 2019, 16h39

Ana Gomes já reagiu ao pedido de alargamento do Mandado de Detenção Europeu (MDE), feito pelo Ministério Público (MP) à Hungria, para assim poder acusar o colaborador do Football Leaks, Rui Pinto por novos factos apurados na investigação relacionada com a Doyen e o Sporting. Em declarações ao Jornal Económico a ex-deputada do Parlamento Europeu refere que esta medida “só demonstra encarniçamento do Ministério Público, contra Rui Pinto, enquanto deixa à solta grandes criminosos que ele expôs”.

Para Ana Gomes este pedido do Ministério Público português não foi uma surpresa. “Não tem nada de novo, sei disso há semanas”, afirma.

Em prisão preventiva desde 22 de março, o português Rui Pinto, de 30 anos, foi detido em janeiro na Hungria e entregue às autoridades portuguesas, com base num MDE que apenas abrange os acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports, estando indiciado pela prática de quatro crimes: acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada.

Como o arguido nunca renunciou ao princípio da especialidade, para que a justiça portuguesa possa vir a acusar e a julgar Rui Pinto por outros factos e crimes que não estes, o MP teve de pedir a extensão do MDE às autoridades húngaras, com base em novos factos e indícios entretanto apurados no decorrer da investigação – que não constam mandado original – e que poderão vir a dar origem a outros processos judiciais.

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