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André Silva acusa dissidentes de usarem PAN como “trampolim para chegarem aos lugares que ocupam”

Porta-voz do PAN criticou Cristina Rodrigues, que se irá manter na Assembleia da República enquanto deputada não inscrita, tal como Francisco Guerreiro fez no Parlamento Europeu, garantindo que a sua decisão “mais não é do que a antecipação de um inevitável processo de retirada de confiança”.
25 Junho 2020, 15h12

O porta-voz do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, André Silva, reagiu à desfiliação de Cristina Rodrigues, que se irá manter na Assembleia da República enquanto deputada não inscrita, anunciada na manhã desta quinta-feira, com ataques àqueles que diz terem utilizado o partido “como trampolim para chegarem até aos lugares que ocupam”.

”Não deixa de ser curioso que das pessoas que saíram do partido nenhuma abdicou de cargos políticos remunerados”, acusou André Silva, referindo-se à deputada eleita pelo círculo de Setúbal e também ao eurodeputado Francisco Guerreiro, que na semana passada se desfiliara do PAN (que deixou de ter representação no Parlamento Europeu), mantendo-se como independente no grupo dos Verdes-Aliança Livre Europeia.

Quanto a Cristina Rodrigues, que alegou condicionamento do seu trabalho enquanto deputada e desvio da atual direção em relação aos valores do partido, André Silva disse mesmo que a saída “não é mais do que a antecipação de um inevitável processo de retirada de confiança política”.

Além da deputada e do eurodeputado, desfiliaram-se nos últimos dias os dirigentes da comissão política regional do PAN na Madeira e a dirigente nacional Sandra Marques, companheira de Francisco Guerreiro, que deixou de ser deputada municipal em Cascais. A esse propósito, o porta-voz salientou que só houve renúncias a cargos não-remunerados, enquanto os restantes dissidentes “prosseguem os seus interesses próprios e agendas pessoais”.

André Silva apontou às pessoas que saíram do partido terem-no feito “ao arrepio do debate interno”, não obstante “ocuparem cargos e lugares onde podiam, querendo, combater o que diziam estar errado”. E recusou qualquer desvio da liderança coletiva do PAN, que fica agora reduzido a três deputados na Assembleia da República, de uma agenda política “que dá voz à preocupação de milhares de pessoas relativamente à causa animal e à proteção do ambiente, a par das respostas sociais que se encontram por concretizar”.

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