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André Ventura confirma encontro com Marine Le Pen a 8 de outubro

Data da reunião com a ex-candidata presidencial francesa foi combinada num encontro com o eurodeputado Thierry Mariani, durante uma deslocação a Bruxelas que serviu para formalizar a adesão do Chega à Identidade e Democracia (ID), família política mais à direita no Parlamento Europeu.
  • André Ventura com eurdeputado francês Thierry Mariani
16 Julho 2020, 18h05

O presidente do Chega, André Ventura, confirmou nesta quinta-feira a data do encontro com a líder da Reunião Nacional, Marine Le Pen, ficando marcado para 8 de outubro, em Paris, a reunião com a ex-candidata presidencial que deverá voltar a enfrentar Emmanuel Macron nas urnas em 2022. Os detalhes foram combinados com o eurodeputado francês Thierry Mariani, ex- secretário de Estado dos Transportes e dissidente dos republicanos, no âmbito de uma deslocação a Bruxelas para formalizar a adesão do partido português à Identidade e Democracia (ID), que é a família política mais à direita no Parlamento Europeu.

Além de Marine Le Pen, Ventura está a ultimar o agendamento de um encontro com Matteo Salvini, o ex-vice-primeiro-ministro italiano que neste momento lidera a oposição ao governo de Giuseppe Conte e as sondagens eleitorais no seu país. O deputado do Chega está a negociar um encontro na terceira semana de outubro, a realizar-se em Roma.

Na agenda dos encontros com os líderes da Reunião Nacional e da Liga, dois partidos que em conjunto detêm 52 dos 76 eurodeputados do ID, estarão o apoio à estratégia de crescimento do Chega em Portugal mas também, como Ventura anunciou ao Jornal Económico, uma tentativa de “sensibilizar os parceiros europeus para se afastarem de tudo o que seja extrema-direita”, concentrando-se “numa luta contra o sistema isolado”. Algo que pode revelar-se difícil, pois tanto Marine Le Pen como Matteo Salvini têm entre as prioridades políticas maiores restrições à entrada de imigrantes nos respetivos países.

Nos encontros que ocorrerão em Paris e em Roma, André Ventura já deverá ter o mandato de deputado suspenso, como anunciou que fará para se concentrar nas presidenciais de janeiro de 2021, nas quais é até agora o único candidato assumido que procura evitar a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa, dada como garantida – e logo à primeira volta – por todas as sondagens realizadas até agora. O Chega deverá ser representado temporariamente na Assembleia da República por Diogo Pacheco de Amorim, número 2 da lista do partido pelo círculo de Lisboa, e que esteve ligado no período revolucionário à organização anticomunista Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (MDLP), e mais tarde ao CDS e à Nova Democracia.

A deslocação do presidente do Chega a Bruxelas serviu para outro encontro, com o vice-presidente do ID, o também francês Nicolas Bay, em que André Ventura pediu para ser o representante oficial da família política na Convenção do Partido Republicano, que decorre em Charlotte, no estado norte-americano da Carolina do Norte, entre 24 e 27 de agosto, culminando com a designação de Donald Trump como candidato à reeleição a 3 de novembro.

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