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André Ventura e Pedro Pinto alvos de queixa-crime após “discursos de ódio”

Ex-ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, é uma das cidadãs que assina esta queixa-crime. Na visão deste grupo, as declarações de Ventura e de Pedro Pinto estão a incentivar à desobediência coletiva e à prática de crime.
André Ventura Pedro Pinto
Luís Forra / Lusa
25 Outubro 2024, 08h56

Um grupo de cidadãos está a preparar uma queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto, presidente e líder parlamentar do Chega, respetivamente, pelas declarações polémicas que proferiram recentemente no âmbito da morte de um homem pela PSP. Segundo o “Diário de Notícias”, que avança com a notícia esta sexta-feira, está em causa o facto destas declarações incitarem discursos de ódio.

Deste grupo faz parte a ex-ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. A antiga ministra de António Costa afirma que o Chega atingiu um limite com estas declarações.

Após se tornar público que o Governo ia abrir um inquérito à atuação do agente da PSP e que este tinha sido constituído arguido (sabe-se agora indiciado por homicídio simples), André Ventura defendeu que o agente em questão deveria ser condecorado e que o Governo lhe deveria agradecer.

Enquanto isso, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse que “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava na ordem”. Ventura apoiou as declarações de Pedro Pinto e, ao canal Now, apontou que “se a polícia tiver de entrar a matar, tem de entrar a matar”.

Estas declarações geraram descontentamento por parte dos partidos, que manifestaram desagrado com Pedro Pinto.

O grupo de cidadãos que vai apresentar a queixa-crime defende que Ventura e Pinto podem estar a instigar à prática de crime, apologia da prática de crime e incitamento à desobediência coletiva. Estes subscritores entendem que o Chega quer estimular ações de revolta dentro das forças de segurança e incentivar os agentes a utilizar indevidamente as suas armas.

Lembrar que o Chega invocou uma manifestação de apoio às forças de segurança, em parte contra o facto do agente da PSP ter sido constituído arguido, no mesmo dia em que está marcada uma manifestação para pedir justiça pela morte de Odair, o homem morto no Bairro do Zambujal.

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