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André Ventura exige demissão de Fernando Medina

Líder do Chega considera que o presidente da Câmara de Lisboa “violou grosseiramente os seus deveres de titular de cargo político” devido ao envio de informações pessoais de manifestantes à Embaixada da Rússia.
  • André Ventura
11 Junho 2021, 18h24

O presidente e deputado único do Chega, André Ventura, juntou-se à lista de políticos que exigem a demissão de Fernando Medina devido ao envio de dados pessoais de ativistas russos anti-Putin à Embaixada da Rússia.

Num comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira, André Ventura defende que Fernando Medina não tem outra alternativa, pois “violou grosseiramente os seus deveres de titular de cargo político em Portugal e a legislação aplicável em matéria de proteção das liberdades fundamentais e do proteção de dados pessoais”.

Recordando que o Chega já pediu uma investigação imparcial da Procuradoria Geral da República (PGR) a eventuais pressões russas, Ventura diz que “a política faz-se com ética e sentido de responsabilidade”, e como considera que “neste caso ambos os elementos estiveram ausentes” encara como inevitável a retirada de consequências políticas por parte do presidente da Câmara de Lisboa.

“Nem as explicações de Fernando Medina, nem a atitude ingénua do ministro dos Negócios Estrangeiros, podem ser consideradas satisfatórias para os cidadãos portugueses e para o padrão do Estado de Direito que defendemos para Portugal”, defende o líder do Chega.

A demissão de Fernando Medina, que apresentou desculpas públicas pelo envio de dados pessoais de promotores de manifestações a estados estrangeiros – além da Rússia, terão sido enviadas informações às embaixadas de Israel e da Venezuela -, mas afastou qualquer intenção de se afastar do cargo, também foi exigida por Carlos Moedas, candidato à presidência da Câmara de Lisboa apoiado pelo PSD e CDS-PP. Os líderes desses dois partidos, Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos, também deixaram claro que o autarca deve assumir consequências políticas deste caso, tal como sucedeu com o presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo.

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