O presidente do Chega, André Ventura, voltou a criticar a nomeação de António Costa para presidente do Conselho Europeu mas, numa nota mais pessoal, aproveitou para felicitar o ex-primeiro-ministro pelo objetivo atingido.
“A nível pessoal, saúdo António Costa por esta decisão. Pessoalmente, felicito pelo objetivo que foi alcançado. Mas uma coisa é a política e outra são as pessoas”, destacou o líder do partido esta sexta-feira no Parlamento.
Sobre se mantinha as críticas a António Costa sobre a chegada à presidência deste órgão europeu, André Ventura defendeu a coerência do seu discurso, sublinhando que “diria o mesmo se Paulo Raimundo fosse presidente do Conselho Europeu ou mesmo José Sócrates”.
“Se passámos anos a dizer que não governou bem, como será como dirigente europeu? É uma responsabilidade muito grande”, referiu André Ventura que deu a Defesa como exemplo: “António Costa foi um desastre do ponto de vista militar e vai ter de lidar com a Rússia que é um país em guerra. Acredito que o Conselho Europeu pode ficar pior com esta presidência”.
O socialista António Costa foi eleito na noite de quinta-feira pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 1 dezembro de 2024, foi anunciado em Bruxelas.
A decisão foi adotada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu, e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.
Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).
António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.
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