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André Ventura responde que é o Chega que poderá “definir as condições de um eventual acordo com o CDS-PP”

Deputado do Chega reagiu à entrevista do presidente do CDS-PP, na qual este avançou a recusa do “populismo agressivo” e “discurso de ódio” como condição para alianças, dizendo que as palavras de Francisco Rodrigues dos Santos “só podem ser entendidas como um momento de humor” tendo em conta os resultados das sondagens.
  • Mário Cruz/Lusa
28 Maio 2020, 08h00

O deputado único do Chega, André Ventura, reagiu à entrevista de Francisco Rodrigues dos Santos à TSF, na qual o líder centrista admitiu coligações com todos os partidos à direita do PS desde que assentem em programas que reflitam valores democratas-cristãos e não insistam num “discurso de ódio” e num “populismo agressivo que semeia medo e fraturas sociais”, comentando que “neste momento é o Chega que poderá definir as condições de um eventual acordo e não o contrário”.

Em declarações ao Jornal Económico, o presidente do Chega referiu que “todas as sondagens demonstram que a força eleitoral maioritária à direita está, neste momento, no Chega e não no CDS”, considerando, por esse motivo, que as palavras de Rodrigues dos Santos “só podem ser entendidas como um momento de humor”.

Quanto à possibilidade, ainda assim, de entendimentos eleitorais com os centristas, o presidente do Chega deixou o aviso de que “se as linhas vermelhas do CDS-PP” forem “a prisão perpétua e a resolução do problema das comunidades ciganas, então não há mesmo margem para qualquer acordo”, apontando “zero por cento de chances nessas condições” e desejando ao ex-presidente da Juventude Popular “boa sorte a conseguir uma maioria com o PSD”.

Na entrevista à TSF, transmitida na manhã desta quarta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega devem ter a mesma capacidade de entendimento que o PS demonstrou com os partidos à sua esquerda, nomeadamente através da “geringonça” da anterior legislatura, desvalorizando o facto de todas as sondagens o colocarem atrás do partido fundado por André Ventura.

Tambem nessa entrevista, o líder centrista disse que é prematuro condenar eventuais atropelos à democracia do regime húngaro, do primeiro-ministro Viktor Orban, cujo partido Fidesz continua ligado ao Partido Popular Europeu, no qual se integram o PSD e o CDS-PP.

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