O deputado único do Chega, André Ventura, reagiu à entrevista de Francisco Rodrigues dos Santos à TSF, na qual o líder centrista admitiu coligações com todos os partidos à direita do PS desde que assentem em programas que reflitam valores democratas-cristãos e não insistam num “discurso de ódio” e num “populismo agressivo que semeia medo e fraturas sociais”, comentando que “neste momento é o Chega que poderá definir as condições de um eventual acordo e não o contrário”.
Em declarações ao Jornal Económico, o presidente do Chega referiu que “todas as sondagens demonstram que a força eleitoral maioritária à direita está, neste momento, no Chega e não no CDS”, considerando, por esse motivo, que as palavras de Rodrigues dos Santos “só podem ser entendidas como um momento de humor”.
Quanto à possibilidade, ainda assim, de entendimentos eleitorais com os centristas, o presidente do Chega deixou o aviso de que “se as linhas vermelhas do CDS-PP” forem “a prisão perpétua e a resolução do problema das comunidades ciganas, então não há mesmo margem para qualquer acordo”, apontando “zero por cento de chances nessas condições” e desejando ao ex-presidente da Juventude Popular “boa sorte a conseguir uma maioria com o PSD”.
Na entrevista à TSF, transmitida na manhã desta quarta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega devem ter a mesma capacidade de entendimento que o PS demonstrou com os partidos à sua esquerda, nomeadamente através da “geringonça” da anterior legislatura, desvalorizando o facto de todas as sondagens o colocarem atrás do partido fundado por André Ventura.
Tambem nessa entrevista, o líder centrista disse que é prematuro condenar eventuais atropelos à democracia do regime húngaro, do primeiro-ministro Viktor Orban, cujo partido Fidesz continua ligado ao Partido Popular Europeu, no qual se integram o PSD e o CDS-PP.
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