A chanceler Angela Merkel tem estado a ser alvo de críticas por não apresentar um plano que reverta o aumento das infeções por coronavírus na Alemanha, num momento em que o país enfrenta a terceira vaga da pandemia, segundo a “Reuters”.
A Alemanha intensificou as medidas de confinamento em dezembro para conter uma segunda onda de infeções, que agora se transformou numa terceira, mas com menos mortes. Mais recentemente, em entrevista no domingo, Merkel sugeriu a possibilidade de mudar a Lei de Proteção contra Infeções para obrigar os 16 estados alemães, que têm poder sobre questões de saúde e segurança, a implementar certas medidas.
A maioria dos líderes estaduais rejeitou os planos de Merkel de fechar escolas e creches se as infeções aumentassem e muitos optaram por manter muitas lojas, centros de jardinagem e cabeleireiros abertos, mesmo quando a taxa de incidência a sete dias por 100 mil habitantes saltou para os 134 casos.
A entrevista da chanceler alemã gerou alguma controvérsia, uma vez que Angela Merkel não explicou o que implicaria a alteração, o que levou à repreensões de partidos de oposição. Angela Merkel foi clasificada como “ignorante” na imprensa da Alemanha e foi também feita referência a que “ainda não tinha nenhum plano”.
“Merkel devia ir ao parlamento e declarar claramente como vê a situação e quais são as suas propostas”, disse Christian Lindner, líder da oposição dos Democratas Livres, à televisão “Phoenix”. Por sua vez, a revista “Der Spiegel” resumiu a entrevista de Merkel na televisão da seguinte forma: “O seu pedido de desculpas foi muito impressionante. Mas Merkel mostrou que não tem nenhum plano”.
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