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Angola é candidata a receber mais empresas do sector petrolífero, antevê advogada

Segundo Ana Major, consultora internacional da Melo Alves, Angola “tem campos de produção em fase madura”, disponibilizando “novas oportunidades de exploração em campos testados”.
7 Junho 2024, 09h00

O mercado de fusões e aquisições em Angola deverá crescer este ano para 642,40 milhões de dólares, de acordo com o organismo de estatística alemão Statista. Segundo a Autoridade de Regulação de Concorrência (ARC), no ano passado foram notificados 17 atos de concentração, a maior parte no sector petrolífero (29%). Ao Jornal Económico (JE), a especialista na área da lusofonia Ana Major, consultora internacional da Melo Alves, destaca que o aumento “está estreitamente ligado aos investidores estrangeiros”.

“A atividade de M&A em Angola vai certamente ser o reflexo do grande aumento global dessa atividade no mundo”, analisou a advogada. “Tal como nos dá a conhecer a Forbes e a media especializada, tem havido um incremento de transações de grandes players, com o objetivo de manterem as suas posições dominantes no Permian Basin nos Estados Unidos [Bacia do Permiano, no sudoeste dos EUA]”, explicou, acrescentando que o aumento decorrerá tanto por transações de fusões e aquisições no âmbito corporativo como pela aquisição de interesses participativos em joint ventures (JV). Em causa estão, lista Ana Major, as operadoras Chevron, Exxon-Mobil, ConnocoPhillips, Occidental e Diamondback Energies. “Querendo manter como ativos essenciais as posições que detêm naquela bacia, estão disponíveis para a venda daqueles que consideram ser “ativos não essenciais” dentro e fora da América do Norte”, explicou.

Além disso, citando a GlobalData, “a offshore Technology dá nota de cerca de 60 transações de M&A na indústria de petróleo e gás europeia (valendo 3,4 mil milhões) e de 20 na indústria britânica”. Nas palavras da advogada, que teve funções de gestão na área do petróleo e gás, Angola “pode perfeitamente situar-se como um candidato a receber novos players”, dado que “tem campos de produção em fase madura” e que “disponibiliza novas oportunidades de exploração em campos testados ou em novas bacias com potencial”.

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