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Angola prevê reduzir dívida para 63% do PIB em 2025

A ministra das Finanças, Vera Daves, assinalou o progresso que o executivo tem feito a este nível,  em particular nos últimos três anos, em que enfrentou “com perseverança um serviço de dívida (…) gigantesco”, equivalente a 16 mil milhões de dólares (15,24 mil milhões de euros) por ano.
27 Janeiro 2025, 11h25

A ministra das Finanças angolana anunciou esta segunda-feira, 27 de janeiro, que o Governo prevê reduzir a dívida pública do país em seis pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, face a 2024, para 63%, o equivalente a 55,27 mil milhões de euros.

Vera Daves de Sousa adiantou que o serviço de dívida deverá ser corresponder, este ano, a 13 biliões de kwanzas (12,89 mil milhões de euros), sendo projetadas captações de cerca de 14,6 biliões de kwanzas (14,22 mil milhões de euros), esperando-se um ‘stock’ de dívida no final do exercício de 57,4 biliões de kwanzas (cerca de 55,27 mil milhões de euros).

Vera Daves falava durante uma apresentação do Plano Anual de Endividamento que decorre hoje em Luanda.

“Saímos de números acima de 100% do PIB para em torno de 63% do PIB”, frisou, destacando que o endividamento é um instrumento estratégico para o crescimento e do país, cuja gestão “é uma tarefa exigente, desafiante”, mas fundamental para garantir a estabilidade macroeconómica e financiar o desenvolvimento, apontado como exemplo o défice de infraestruturas.

Desde 2022, a dívida pública caiu 16,9%, em valor.

A ministra assinalou o progresso que o executivo tem feito a este nível,  em particular nos últimos três anos, em que enfrentou “com perseverança um serviço de dívida (…) gigantesco”, equivalente a 16 mil milhões de dólares (15,24 mil milhões de euros) por ano.

Salientou igualmente que a dívida com a China, o maior credor de Angola, entrou numa “trajetória equilibrada” e que no mercado internacional foi possível antecipar parte do vencimento dos’ eurobonds’, com as emissões a passar de um montante de 1,5 mil milhões de dólares (1,43 milhões de euros) para 864 milhões (823 milhões de euros) a vencer este ano.

Daves salientou também que a confiança dos cidadãos, investidores e parceiros nacionais e internacionais é “um ativo valioso” e que, seja qual for a fonte de financiamento utilizada, a transparência continuará a ser uma prioridade.

“Contamos com a colaboração dos investidores nacionais e internacionais para aprofundarmos ainda mais este clima de confiança”, complementou.

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