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Angola quer aumentar oferta hoteleira com “entrega” de 39 hotéis

Intervindo no painel “Turismo e Hotelaria: desafios e oportunidades”, o administrador-executivo do IGAPE garantiu que o Governo já começou com a criação de infraestruturas e facilitação de vistos. Afirmação foi feita no evento “Doing Business Angola”, uma organização conjunta do JE e da Forbes África Lusófona.
Victor Machado
18 Junho 2024, 15h27

O Governo angolano quer diversificar e aumentar a “oferta hoteleira” no país, com a venda dos 39 hotéis da rede UI, IKA e BINA, no âmbito do Programa de Privatização (PROPRIV) 2023-2026.

A informação foi avançada esta terça-feira, em Lisboa, pelo administrador-executivo do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Augusto Kalikemala, durante a conferência ‘Doing Bisness Angola 2024’, promovida pela Forbes África Lusófona e o Jornal Económico.

Intervindo no painel “Turismo e Hotelaria: desafios e oportunidades”, o responsável do IGAPE disse que o Governo já deu início a este processo com a criação de infraestruturas e acesso, com a facilitação de vistos, detalhando que os referidos hotéis estão localizados em 16 províncias.

“Mas também isso não se faz sem que se consiga atrair os players adequados para fazer a gestão das infraestruturas turísticas, os turistas também vão por referência”, precisou.

De acordo com o administrador-executivo do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado, o Governo [de Angola] oferece uma oportunidade para se rentabilizar esses ativos.

“Permite ainda também um investimento em ativos já construídos e numa modalidade de investimento flexível, na medida em que garante que o foco do investimento inicial seja direcionado para o próprio ativo”, acrescentou.

“Era um número muito grande de hotéis e não fazia sentido o Estado manter a propriedade dos hotéis. Então, numa primeira fase, procuramos vender, efetivamente”, justificou.

Augusto Kalikemala fez saber ainda que a experiência demonstrou que os grandes grupos hoteleiros e quem investe neste sector, normalmente, não está interessado no imóvel, mas sim na gestão.

“Por isso, mudamos a modalidade para uma mais flexível, que é a sessão de direito de exploração e gestão por um período de 10 anos, permitindo atrair investidores ou empresários que tenham domínio neste segmento e que possam promover a profissionalização dos serviços hoteleiros, a formação de quadros angolanos e o aumento dessa oferta hoteleira, no âmbito desse grande projeto de fomento do turismo em Angola”, concluiu.

 

 

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