Antigo ministro Carlos Stock é o novo Procurador-Geral da República de São Tomé e Príncipe

Carlos Olímpio Stock, jurista e antigo ministro da Defesa de São Tomé e Príncipe, é o nome escolhido para novo Procurador-Geral da República, confirmou o Jornal Económico (JE).

O nome indicado pelo Governo de Américo Ramos para suceder a Kelve Nobre de Carvalho foi aprovado pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, que irá dar posse a Carlos Stock pelas 15h00 locais (16h00 em Lisboa) desta sexta-feira, no Palácio do Povo, soube o JE.

O Executivo são-tomense reuniu-se em Conselho de Ministros extraordinário esta quinta-feira para chegar a um consenso quanto às propostas em cima da mesa. “Após a análise e discussão das propostas apresentadas, o Venerando Conselho de Ministros aprovou o nome de uma individualidade cujo perfil e currículo se afiguram mais alinhados com os desafios da magistratura do Ministério Público”, lê-se no comunicado emitido pelo gabinete.

A escolha de Carlos Stock para o cargo tinha sido avançada pela “RSTP” ao final da noite de ontem.

Carlos Stock foi juiz conselheiro do Tribunal Constitucional e esteve à frente da pasta da Defesa no XVI governo constitucional, liderado por Patrice Trovoada. O advogado foi, também, candidato às eleições presidenciais de 2021. Na altura, era membro da Comissão Política da Ação Democrática Independente (ADI), que apoiava oficialmente Carlos Vila Nova, pelo que se apresentou na corrida como independente.

O Procurador-Geral da República cessante, Kelve Nobre de Carvalho, pôs o cargo à disposição no início de junho. Numa carta enviada ao Presidente da República, apelou à sua substituição com “carácter de urgência”.

Perto de ocupar o cargo esteve a juíza Miris Botelho. Contudo, a tomada de posse acabou por ser cancelada pelo Chefe de Estado são-tomense, há duas semanas, devido ao incumprimento de procedimentos legais administrativos. “A posse deveria ser conferida, mas quando dou conta que havia procedimentos que não foram cumpridos, então era melhor suspender para que o mal não fosse maior”, justificou, na altura, Carlos Vila Nova.