[weglot_switcher]

António Castro Caeiro vence Prémio da Sociedade Portuguesa de Filosofia

O júri era constituído pelas/os filósofas/os Adriana Veríssimo Serrão, Alexandra Abranches, José Meirinhos, Luísa Couto Soares, Olivier Feron e Pedro Galvão, e presidido por André Barata (presidente da SPF).
30 Junho 2024, 16h37

A 16ª edição do Prémio de Ensaio Filosófico da Sociedade Portuguesa de Filosofia (SPF), destinada a ensaios publicados decidiu premiar o ensaio intitulado ‘O que é a Filosofia?’, da autoria de António Castro Caeiro, considerando-o “uma obra brilhante que introduz o leitor no âmago das interrogações que compõem o inventário intemporal dos problemas da filosofia””, segundo nota da própria sociedade.

O júri era constituído pelas/os filósofas/os Adriana Veríssimo Serrão, Alexandra Abranches, José Meirinhos, Luísa Couto Soares, Olivier Feron e Pedro Galvão, e presidido por André Barata (presidente da SPF).

“As perguntas colocadas por pensadores de Platão a Heidegger –, sobre agir e felicidade, finitude e transcendência, tempo e eternidade, vida e morte, linguagem e verdade…– são examinadas com grande rigor nas respetivas modulações histórico-categoriais e comentadas atendendo ao contexto semântico e estilístico das línguas originais em que se exprimiram. Daí, num movimento contínuo do mais longínquo ao mais próximo, António Castro Caeiro transporta as formulações técnicas mais especializadas até às mais banais experiências do comum quotidiano”.

Para a SPF, “’O que é a Filosofia?’ recupera a vocação originária da filosofia como saber fundador que visa a totalidade do real, sempre radicado nas questões vitais do Humano e se vai realizando como exercício comunitário e prática dialógica”.

O júri entende ainda ser merecedora de Menção Honrosa a obra ‘Arte Descomposta: Stanley Cavell, a Estética e o Futuro da Filosofia’, de Sofia Miguens. “Trata-se de um texto original em dois sentidos: pela forma como introduz os contributos da filosofia analítica para a filosofia da arte ao público português; pela forma como, ao mesmo tempo, se apercebe das limitações desta tradição filosófica e do trabalho que ainda cabe à filosofia fazer para pensar o domínio da arte em particular e da estética em geral. Com uma escrita clara, acessível a filósofos profissionais, mas também ao grande público, coloca a filosofia em relação com a literatura, fazendo ver os limites e potencialidades de cada uma destas actividades humanas milenares e as vantagens do diálogo entre ambas. Demonstrando um profundo conhecimento da filosofia da arte e da estética, e discutindo com perspicácia as posições de diferentes correntes e autores, o texto reflecte não apenas sobre o que já foi feito, mas também sobre o que pode ainda ser feito na investigação destes domínios. É uma obra que, portanto, faz uma articulação entre a questão da arte, ou as questões levantadas pelas práticas artísticas contemporâneas, e a tarefa e o futuro da própria filosofia”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.