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António Costa contraria Bruxelas e diz que portugueses devem planear férias de verão

Em entrevista à rádio Observador, o líder do Executivo socialista afirmou estar confiante de que até ao verão, a pandemia “estará suficientemente controlada” e será possível gozar as férias, mas sugere que estas não devem ser marcadas já, nem para lugares muito distantes.
14 Abril 2020, 10h38

O primeiro-ministro, António Costa, considera que os portugueses devem continuar a planear as férias de verão, ao contrário daquilo que foi dito pela Comissão Europeia. O líder do Executivo socialista acredita que até ao verão, a pandemia “estará suficientemente controlada” e será possível gozar as férias, mas sugere que estas não devem ser marcadas já nem para lugares muito distantes.

“Não querendo correr o risco de ser otimista, o que diria é que esperem talvez mais uma semanas, mas não deixem de pensar nas férias de verão. Isso seria aliás para a economia portuguesa um dano imenso se no próximo verão o turismo não tivesse condições de funcionamento mínimo”, afirmou o líder do Executivo socialista, em entrevista à rádio Observador.

A sugestão difere da que foi dada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em entrevista ao jornal alemão ‘Bild’, em que afirmou que as reservas para férias de verão são desaconselhadas devido à impossibilidade de previsões fiáveis acerca dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.”Recomendo esperar antes de fazer planos. Neste momento, ninguém pode fazer previsões confiáveis para julho e agosto”, disse ex-ministra alemã.

António Costa acredita que, até ao verão, a situação epidemiológica “estará suficientemente controlada” para que os portugueses possam “ter férias e gozar o melhor possível”.

Tal como aconteceu após o ataque às Torres Gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, em 2001, o primeiro-ministro não acredita que “a primeira coisa que as pessoas vão fazer é marcar férias, sobretudo para locais muito distantes, sabendo que podem ser surpreendidas como aconteceu agora a milhões de pessoas em todo o mundo, em pleno gozo das férias, ficarem isoladas por encerramento de fronteiras, pelo cancelamento de voos, etc”.

“O conselho que dou aos portugueses, para já, é que planeiem as férias cá dentro porque estamos, nesta fase, mais seguros cá dentro e menos sujeitos à incerteza”, sugere António Costa.

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