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António Costa diz que chumbo da contagem total do tempo dos professores foi “uma vitória da responsabilidade”

O primeiro-ministro considera que o resultado da votação em plenário esta sexta-feira é “clarificador” e respeita o princípio da equidade, equilibrando as contas públicas e mantendo a credibilidade internacional.
10 Maio 2019, 15h18

O primeiro-ministro, António Costa, considera que o chumbo da recuperação integral do tempo de serviço dos professores foi uma “vitória da responsabilidade”. António Costa considera que o resultado da votação em plenário esta sexta-feira é “clarificador” e respeita o princípio da equidade, equilibrando as contas públicas e mantendo a credibilidade internacional.

“Foi um resultado clarificador e uma vitória da responsabilidade que nos permitirá assim, com segurança, dar continuidade ao percurso que temos vindo a fazer de recuperação de rendimentos, de direitos e de aumento do investimento com contas certas”, afirmou António Costa, após o chumbo do texto final sobre a contagem integral do tempo dos professores, colocando fim à tensão política desencadeada na semana passada.

António Costa sublinhou que a recuperação integral do tempo de serviço dos professores tem de ser feita de modo a “respeitar o princípio da equidade com os outros quadros especiais, a garantir a estabilidade financeira do país e a nossa credibilidade internacional”.

O primeiro-ministro deixou ainda um reconhecimento à Assembleia da República pelo chumbo da medida, mas rejeitou a necessidade da direita para resolver questões estruturais. “Dando uma enorme cambalhota, aqueles que foram os campeões da austeridade, quiseram ser os campeões da generosidade, fingindo dar aos professores aquilo que evidentemente não davam”, criticou António Costa.

“Os portugueses ficaram perplexos com a votação do PSD e CDS-PP na comissão parlamentar e ficaram ainda mais perplexos com as justificações que foram dadas ao longo da semana e, felizmente, estão todos satisfeitos com o resultado final”, acrescentou.

O texto final da comissão de Educação e Ciência, que previa a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos, foi rejeitado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP. Os dois partidos da oposição já tinham anunciado a decisão, depois de na semana passada terem votado na especialidade ao lado do PCP, BE e PEV, para aprovar a garantia de que o tempo de serviço dos professores seria recuperado na totalidade.

Há uma semana, António Costa tinha deixado claro que se o texto fosse aprovado o Governo apresentaria a demissão. “Entendi ser meu dever de lealdade institucional informar o Presidente da República e Presidente da Assembleia da República que a aprovação final global desta iniciativa parlamentar, forçará o Governo a apresentar a sua demissão”, garantiu o primeiro-ministro.

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