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António Costa fica atrás de Catarina Martins e André Ventura em vários segmentos da população

A bloquista é a segunda líder com melhor avaliação na sondagem da Aximage para o Jornal Económico e domina entre os homens e entre quem tem mais estudos. Já o presidente do Chega mostra ter maior força entre os residentes em zonas rurais e nos eleitores com 35 a 49 anos.
  • Cristina Bernardo
18 Novembro 2019, 07h25

O primeiro-ministro, António Costa, continua a ser o líder partidário com melhor avaliação dos portugueses, segundo uma sondagem da Aximage para o Jornal Económico realizada depois da posse do XXII Governo Constitucional, mas o também secretário-geral do PS é superado pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e pelo presidente e deputado único do Chega, André Ventura, em vários segmentos da população portuguesa.

Ainda que António Costa mantenha vantagem na avaliação feita pelos 639 entrevistados entre os dias 8 e 11 de novembro, com uma nota de 11,4 (numa escala de 0 a 20), à frente de Catarina Martins (10,2), do presidente do PSD, Rui Rio (9,9), e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa (9,7) – a Aximage não incluiu na sondagem a presidente demissionária do CDS-PP, Assunção Cristas –, ancorado no grande apoio das mulheres (12,5, muito acima de Jerónimo de Sousa, que tem 10,3), o primeiro-ministro enfrenta uma forte concorrência que não passa pelo líder do maior partido da oposição. Rui Rio não consegue melhor do que empatar com Costa na região Norte (11,8 para ambos) e ser o segundo nos residentes em zonas urbanas (10,3, contra 11,7 do primeiro-ministro).

Bem maior é a ameaça de Catarina Martins, sobretudo porque a coordenadora do Bloco de Esquerda tem a melhor avaliação entre os homens (10,6, seis décimas à frente de António Costa e Rui Rio). Mas não ficam por aí os pontos fortes da antiga parceira de “geringonça”, que apresenta grande vantagem nos eleitores com 18 a 34 anos (11,7, contra 10,4 do primeiro-ministro), nos que têm mais do que a escolaridade obrigatória (11,1, enquanto o socialista não passa de 10,3), na região do Sul e Ilhas (11,5, quatro décimas acima de Costa e seis décimas de Jerónimo de Sousa) e nos residentes em zonas semi-urbanas, com uma nota de 11,5, enquanto o líder socialista tem 10,9.

No entanto, a surpresa da sondagem da Aximage para o Jornal Económico é André Ventura. O líder do Chega tem uma avaliação global de 8,9, destacando-se do deputado único do Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo (8,1), do porta-voz do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, André Silva (7,9), e da deputada única do Livre, Joacine Katar-Moreira (6,3). Mas além de se destacar desse “pelotão” consegue desde já a liderança absoluta entre os residentes em zonas rurais (12,1, contra 11,0 de António Costa) e entre os portugueses com 35 a 49 anos, com uma nota de 11,2, cinco décimas acima do primeiro-ministro.

FICHA TÉCNICA

Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2) e escolaridade (2). A amostra teve 639 entrevistas efetivas: 313 entrevistas CAWI e 326 entrevistas CATI; 163 entre os 18 e os 34 anos, 185 entre os 35 e os 49 anos, 150 entre os 50 e os 64 anos e 141 para os 65 e mais anos; Norte 197, Sul e Ilhas 99; Área Metropolitana de Lisboa 201; Centro 142.

Técnica: Aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 65 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 8 e 11 de novembro de 2019.

Erro probabilístico: O processo amostral, não sendo aleatório, implica a não indicação do erro probabilístico. Contudo, para efeitos de comparação, para uma amostra probabilística com 639 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,019 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 3,90%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de João Queiroz.

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