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António Costa sublinha que é fundamental “não destruir o que foi feito”

Dando grande ao destaque ao setor da saúde durante o seu discurso na campanha do PS, António Costa frisou que, em resultado das medidas adotadas pelo governo, já 25% dos médicos optaram pela “dedicação plena” ao SNS nos primeiros dois meses do ano.
8 Março 2024, 14h35

O primeiro-ministro demissionário, António Costa, voltou a surgiu ao lado de Pedro Nuno Santos, em Lisboa, na campanha para as legislativas do próximo domingo. Num discurso centrado sobretudo na área da saúde, o ex-secretário geral do partido garantiu que o pior já faz parte do passado e que o futuro parece agora mais risonho.

Referiu-se ao tempo que já lá vai como o “Cabo das Tormentas” e ao que está para vir como o “Cabo da Boa Esperança”. Lembrou, no entanto, que para chegar a “bom porto” é necessário “não andarmos para trás, não destruirmos o que foi feito” mas, pelo contrário, “com um novo timoneiro, o Pedro Nuno Santos, darmos um novo impulso, uma nova energia à caminhada que iniciamos em 2015”.

Reforçando a ideia de que esta não é a altura de voltar atrás “nem de parar o que estamos a fazer”, Costa assegura que em momento algum “metemos a cabeça na areia a achar que estava tudo bem”. Os problemas, segundo o governante, estavam identificados e “adotamos medidas”. Acabou por enumerá-las, lembrando o aumento em 72% do orçamento do SNS. Mas não se ficaram por aqui, foram lançadas “reformas profundas” que se iniciaram em janeiro passado para melhorar a sua gestão “com uma direção executiva, com um modelo de unidades locais de saúde, com o aumento das remunerações de quem trabalha nas USF (Unidades de Saúde Familiar)”.

E a prova do sucesso destas medidas, sustenta, é que 25% dos médicos, nos primeiros dois meses do ano, optaram pela “dedicação plena” ao SNS.

António Costa referiu-se ao SNS como “a joia da coroa de qualquer socialista. Nunca nenhum de nós estará descansado enquanto não tiver a garantia que está de boa saúde e a prestar um bom serviço aos portugueses”.

O ainda primeiro-ministro salientou também que “estes últimos dois anos foram muitos exigentes para os portugueses, para as empresas e para Governo”.

“Foram mais difíceis do que nos dois anos de pandemia [da covid-19]. Na pandemia, o desafio foi maior, o impacto na vida das pessoas foi superior, mas sabíamos que com prevenção e com vacina que se conseguia combater a doença. No combate a inflação foi bastante mais difícil sobre como fazer”, justificou.

António Costa assinalou que a inflação atingiu 10,2% em outubro de 2022, mas já baixou até à casa dos 2%.

“As taxas de juros estabilizaram e há a perspetiva de que possam começar a cair. No último trimestre do ano passado, Portugal foi o país da União que mais cresceu, com o emprego em máximos e a OCDE a dizer-nos que teve o terceiro maior aumento real de rendimentos das famílias”, assinalou.

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