O primeiro-ministro faz um balanço positivo da ‘geringonça’, mas a menos de um mês do início da campanha eleitoral para as legislativas de 6 de outubro, apela a um PS mais forte. Em entrevista ao jornal Expresso, publicada este sábado, António Costa não descarta ainda um cenário de governação sem acordos.
“Um cenário à espanhola, com um PS fraco e o nosso Podemos forte [em alusão ao Bloco de Esquerda] , seguramente inviabilizaria a estabilidade política”, refere, sublinhando que o PCP e o Bloco de Esquerda são partidos de “natureza muito diferente” e que “o PCP tem uma maturidade institucional muito grande”.
No entanto, o primeiro-ministro reconhece que “sem o apoio” dos dois parceiros à esquerda “não teríamos tido este Governo”.
“Se não tivéssemos tido este Governo, não teríamos tido uma política económica que deu prioridade à devolução de rendimentos; sem a devolução de rendimentos, não tínhamos reposto a confiança na sociedade portuguesa, que foi a base para o aumento do investimento”, acrescentou.
Questionado se admite governar sem acordos na próxima legislatura, o secretário-geral do PS não admitiu, nem descartou o cenário, preferindo “não especular”, mas disse que “quem tem melhores ferramentas trabalha melhor, quem tem piores ferramentas trabalha pior”.
Relativamente à oposição, questionado sobre o programa eleitoral do PSD, apesar de reconhecer que ainda não o leu “de fio a pavio”, António Costa classificou-o como um “mau exemplo do que deve ser um programa de um partido que pretende ser Governo”.
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