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António Mexia: “A EDP é hoje a empresa mais escrutinada do país”

O presidente executivo da EDP está a ser ouvido em audição na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade. Começou por salientar o elevado nível de escrutínio sobre a empresa e negar o conceito de “rendas excessivas”.
26 Fevereiro 2019, 15h15

O presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP, António Mexia, em audição na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, esta tarde, na Assembleia da República, começou por salientar que “a EDP é hoje a empresa mais escrutinada do país”. Na sua intervenção de abertura, Mexia dedicou-se a refutar o conceito de “rendas excessivas” no setor da Energia, negando a sua existência.

Na presidência da EDP desde 2006, Mexia fez questão de sublinhar que o atual quadro regulatório do setor “foi sendo construído ao longo dos últimos 25 anos” e as decisões “foram tomadas em diferentes momentos, por vários governos, em grande parte também por este Parlamento”. Mais, “esse processo teve início muito antes de eu ter entrado na EDP”.

Ou seja, Mexia atribui responsabilidades pelo quadro regulatório às decisões políticas de vários governos que exerceram funções nos últimos 25 anos e também refere que as decisões de gestão no Conselho de Administração da EDP são “tomadas de forma colegial”.

Procurando desmontar o conceito de “rendas excessivas”, precisamente o objeto da comissão parlamentar de inquérito, Mexia foi peremptório, afirmando: “Não há rendas excessivas na eletricidades. A única coisa que é excessiva é a demagogia e a desinformação” sobre essa matéria.

“As decisões tomadas ao longo do tempo foram opções políticas legítimas e coerentes, com fundamento técnico atendendo aos respetivos contextos. O conceito das rendas excessivas só existe com base em análises técnicas erradas e sem base legal. O processo foi transparente, definido e aprovado pelo Governo com autorização legislativa da Assembleia da República e validado pela Comissão Europeia”, defendeu o presidente da EDP.

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