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“Ao longo destes anos, António Costa é o grande campeão da carga fiscal”, diz Marques Mendes

Marques Mendes diz que o debate com Rui Rio, que ocorrerá na próxima semana, poderá ser decisivo. O comentador disse que o que beneficiou Rui Rio foi a apresentação do “choque fiscal” moderado, que passa por “baixar os impostos às empresas e depois às pessoas”.
9 Janeiro 2022, 22h41

“Ao longo destes anos, António Costa é o grande campeão da carga fiscal”, disse Luís Marques Mendes quando comentava o debate deste domingo entre o primeiro-ministro e Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP.

O comentador da SIC reconheceu que António Costa está transformado num grande profissional dos debates políticos e “tem-se saído bem”. Marques Mendes realçou a “mensagem assertiva e acutilante” do líder do PS e citou o debate com Jerónimo de Sousa. António Costa “matou o PCP, sem dó nem piedade e a sangue frio, apesar das boas relações pessoais entre os dois”, disse o comentador que lembrou que o socialista argumenta que esta crise era desnecessária e que “é uma irresponsabilidade”. Por isso “apela a uma maioria absoluta em nome da estabilidade”.

O maior obstáculo de António Costa, segundo Marques Mendes, é o cansaço de alguns setores da sociedade portuguesa. O Governo já está em funções há mais de seis anos e desiludiu alguns setores.

Marques Mendes defende que o debate com Rui Rio, que ocorrerá na próxima semana, poderá ser decisivo.

O comentador lembra também que na próxima semana haverá outro debate muito importante, que é o que põe frente-a-frente António Costa e a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Para o comentador político, António Costa só esteve mal no debate com o líder do Chega, André Ventura, embora Marques Mendes considere “claro” que Costa ganhou o debate.

Já sobre o presidente do PSD disse que Rui Rio “não começou bem a semana, mas acabou em alta”. Marques Mendes considera que o líder do PSD começou mal a semana no debate com André Ventura, “porque deixou-se cair na armadilha” do presidente do Chega.

Marques Mendes diz que Rui Rio devia ter feito “um apelo ao voto útil”. O comentador que é social democrata considerou que Rui Rio recuperou nos debates com Catarina Martins, com Francisco Rodrigues dos Santos e Rui Tavares (presidente do Livre).

Mas para Luís Marques Mendes o que beneficiou Rui Rio foi a apresentação do “choque fiscal” moderado, que passa por “baixar os impostos às empresas e depois às pessoas”. Uma proposta alternativa ajuda Rio, disse o comentador.

O comentador citou ainda uma entrevista do partner da PwC ao Expresso de sexta-feira, António Brochado Correia, onde é dito que Portugal tem a produtividade mais baixa dos últimos 20 anos, num horizonte em que os impostos subiram 70% e a economia quase estagnou.

Luís Marques Mendes fez criticas a André Ventura e elogiou Rui Tavares e o antigo presidente e agora cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL) no Porto, Carlos Guimarães Pinto. Para o comentador estes dois últimos “mereciam ser eleitos” para Assembleia da República, por causa da “qualidade intelectual e política”.

Rui Tavares, líder do Livre, é apontado por Marques Mendes como a “surpresa destes debates”, apesar do comentador não concordar com as suas ideias.

Marques Mendes reconheceu também que “Francisco Rodrigues dos Santos tem estado melhor nos debates do que o CDS nas sondagens”.

“A Iniciativa Liberal está na moda nos centros urbanos e eleitorado jovem”, disse Marques Mendes que também vaticina que o PAN corre o risco de “desaparecer em termos parlamentares nestas eleições”, por causa do “voto útil”.

Sobre o voto dos “isolados” por causa da Covid-19, Marques Mendes revelou que a decisão da Procuradoria Geral da República é que essas pessoas vão poder votar. “A grande questão é como é que isso faz?”, realçou o comentador que acredita que o Governo “vai criar mesas de voto separadas”.

Sobre a vacinação, Luís Marques Mendes citou um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, divulgado no dia 31 de dezembro, que diz que em 8,7 milhões de doses administradas a crianças entre os 5 e os 11 anos, só foram reportados 11 casos de miocardite (inflamação no coração) concluindo que “a vacina é seguríssima”.

Ontem, sábado,  terminou o segundo período de vacinação contra a Covid-19 para as crianças entre os 5 e os 11 anos, que começou na quinta-feira. Segundo a Lusa, cerca de 60 mil crianças dos 5 aos 11 anos iniciaram no sábado a vacinação.

 

 

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