O Abanca publicou o seu House View – Outlook para 2024 e nele debruça-se sobre seis áreas: da Inflação ao crescimento; mercado obrigacionista; mercado acionista; a era da polarização; a inteligência artificial; e investir com impacto.
Os economistas do banco lembram que a economia global move-se ao ritmo de uma música que não muda. “Boom, recessão, optimismo, pânico”, sublinham.
“Apesar da visão cíclica cautelosa, olhamos para 2024 com optimismo, quando falamos de ativos financeiros”, diz o Abanca.
Para a economia, o Abanca antecipa que em 2024 é esperada a continuação do processo desinflacionista. O aumento dos salários e da demografia apontam para pressões inflacionistas superiores a 2%. Os riscos centram-se nos conflitos geopolíticos.
“A nível global, espera-se um crescimento económico moderado de 2,6%”, diz o Abanca, que acrescenta que as taxas de juro restritivas são o principal desafio, com os bancos centrais a procurarem um difícil equilíbrio.
No mercado obrigacionista, o Abanca lembra que em 2022 sofreu um grande choque e teve o pior ano da sua história devido à confluência de taxas artificialmente baixas e subidas drásticas para controlar a inflação. Este ativo recuperou a sua capacidade de geração de receita e de descorrelação, trazendo consigo o regresso das carteiras diversificadas (como o modelo 60/40).
Já no mercado acionista, o ano de 2023 foi atípico devido à concentração de rentabilidade em poucas empresas. Para 2024, o Abanca adopta um posicionamento neutral devido à maior atratividade relativa do mercado obrigacionista. A diversificação global, com um ligeiro viés para a Europa, as pequenas empresas e os mercados emergentes além da China são as principais convicções do Abanca.
Sobre aquilo a que chama “era da polarização”, o Abanca diz que o fim do atual ciclo económico assinala um novo paradigma geopolítico. Os conflitos globais, geral polarização social e ideológica. O ano de 2024, com eleições importantes, principalmente nos Estados Unidos, poderá concentrar-se na pensão com a China, influenciando a economia global. A luta pela hegemonia, especialmente na tecnologia e as mudanças demográficas na China e na Índia são fundamentais na reconfiguração do poder mundial.
No que toca à Inteligência Artificial, o Abanca fala da quarta revolução industrial que é marcada pelo surgimento da IA em conjunto com tecnologias como a conectividade e o 5G.
Esta revolução transforma o quotidiano, diz o banco. “Existem oportunidades, como a necessidade de infraestruturas de armazenamento expansível e energias alternativas para dar suporte aos data centers”, defende o Abanca.
A IA também apresenta desafios no que toca à privacidade e ética.
Por fim, o Abanca destaca o “investir com impacto”. A transição energética, impulsionada pela necessidade de combater as alterações climáticas, centra-se em fontes renováveis e tecnologia como o hidrogénio. Apesar dos desafios no cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, a regulamentação, especialmente na Europa, continuará a impulsionar a sustentabilidade, que globalmente está a emergir como uma oportunidade de investimento rentável.
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