O futuro parece ser risonho para o sector nacional dos medicamentos genéricos. Apesar dos custos de produção terem disparado entre 20% a 30%, e de a atualização dos preços ser considerada insuficiente pela Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen), a chegada ao mercado de novos produtos da área da diabetes são consideradas boas notícias para o sector. A liderar a associação desde 2021 está Maria do Carmo Neves. A médica pneumologista com carreira feita no hospital Pulido Valente em Lisboa entrou na indústria farmacêutica há três décadas e em entrevista ao Jornal Económico analisa a situação do sector.
Os genéricos atingiram uma quota de 49,3% em 2022, um máximo histórico. Quais as razões para este recorde?
Destacamos uma evolução francamente favorável da confiança dos utentes e dos profissionais de saúde nestas soluções terapêuticas mais custo-efetivas com elevada qualidade, eficácia e segurança ao longo dos anos. Apesar da dispensa de medicamentos genéricos, em contexto ambulatório, ser praticamente metade das unidades dispensadas, ainda existe potencial para que a quota destes fármacos seja superior, à semelhança de outros países europeus desenvolvidos. Com mais de 30 anos de mercado, os medicamentos genéricos têm uma quota relativamente estagnada há mais de cinco anos, não refletindo, por exemplo, o crescimento anual da poupança que tem aumentado ano após ano. Considerando que o valor de mercado destas soluções terapêuticas é também um importante indicador económico e social, é prioritário assegurar o crescimento da quota até 60% nos próximos três a quatro anos.
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