Continua a subir o número de reclamações relacionadas com os vários apoios do Estado à habitação dirigidas pelas famílias ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Entre janeiro e março de 2025, o Portal da Queixa registou 1.604 reclamações, ultrapassando em larga escala as 693 reportadas durante todo o ano de 2024.
O aumento da insatisfação é evidente ao longo do trimestre, com janeiro a reunir 129 queixas, fevereiro a recolher 667 e, março a somar até ao dia 25, um total de 808 reclamações. Sozinho, o mês de março ultrapassa todo o ano de 2024.
Este ano, entre as reclamações publicadas no Portal da Queixa, os principais motivos invocados são a suspensão dos apoios financeiros ou o cancelamento de apoios previamente atribuídos (41%) e a demora na aprovação dos apoios e resposta às candidaturas e dificuldades no contacto(33%). Já a falta de informação sobre os apoios disponíveis (esclarecimentos sobre critérios, valores e processos de candidatura) é a causa reportada em 12% das queixas.
No primeiro trimestre do ano, entre os apoios à habitação mais visados pelos portugueses, está o Apoio à Renda, o programa de apoio ao arrendamento jovem, que acolhe 51.1% das reclamações dirigidas ao IHRU. Segue-se o Apoio Extraordinário à Renda, criado para as famílias mais vulneráveis, que gerou 26.3% das queixas. Já o apoio Porta 65 Jovem acolheu 17.5% e o programa Porta 65+ (acessível a candidatos de qualquer faixa etária), absorveu 5.1% das ocorrências registadas no Portal da Queixa.
Segundo os dados analisados pelo Portal da Queixa, 30% das reclamações registadas, este ano, são de consumidores entre os 35-44 anos e 68% são do género feminino.
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