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Após avanços e recuos. Candidato do Chega a Belém vai mesmo ser Ventura

Candidatura vai ser formalizada pelas 17 horas desta terça-feira, na sede do partido em Lisboa.
16 Setembro 2025, 15h35

André Ventura, líder do Chega, vai mesmo ser candidato a Presidente da República. A decisão, que vai ser formalizada na tarde desta terça-feira, foi tomada depois de avanços e recuos. Antes da crise política, que conduziu o país a eleições legislativas antecipadas, André Ventura chegou a apresentar-se como candidato a Belém, mas recuou perante o momento político. “O cenário alterou-se”, justificou.

Ventura chegou a admitir apoiar o candidato Gouveia e Melo, e disso já se arrependeu, e defende agora que o partido “não pode ficar de fora” da corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa. A formalização da candidatura será feita na sede do partido, em Lisboa, numa conferência de imprensa marcada para as 17h00.

Na última sexta-feira, no discurso de abertura de uma reunião do Conselho Nacional, convocada para discutir as eleições presidenciais, André Ventura disse estar disponível para ser candidato.

“Se quiserem, e entenderem que devo ir, aqui estarei. Se entenderem que não devo ir, aqui estarei. Se entenderem que outro ou outra e, quem, deve ir, aqui estarei também, como aquele que melhor vos representa”, afirmou o líder do Chega.

André Ventura repete, assim, a candidatura ao mais alto cargo da Nação, depois de ter concorrido nas eleições presidenciais de 2021. Conseguiu 11,90% dos votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Ana Gomes, mas o momento político atual é distinto. O Chega tornou-se na segunda força política do país, ao ter conquistado 60 mandatos no Parlamento, ultrapassando o Partido Socialista em número de deputados.

A confirmação de que o líder do Chega vai mesmo ser candidato a Presidente da República surge numa altura em que os seus adversários já estão há largos meses no terreno.

O social-democrata Luís Marques Mendes foi o primeiro a lançar-se. Apresentou a candidatura em fevereiro, ainda antes da crise política que levou a legislativas antecipadas. Henrique Gouveia e Melo, almirante na reserva, anunciou ser candidato (o segredo mais mal guardado da política) logo depois, em plena campanha eleitoral, em maio, o que motivou críticas de todos os partidos.

Em junho foi a vez de António José Seguro, antigo líder do PS, se lançar (e de outros possíveis candidatos da mesma ala se afastarem, como foi o caso de António Vitorino, de Augusto Santos Silva, e mais tarde, Sampaio da Nóvoa). António Filipe, do PCP, João Cotrim de Figueiredo, ex-líder da Iniciativa Liberal, são também candidatos, assim como a ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, cuja decisão foi anunciada na semana passada.

Joana Amaral Dias (ADN) e André Pestana, do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (STOP) são outros dos candidatos a Belém, nas eleições que deverão realizar-se a 18 de janeiro.

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